Capítulo seis

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 "Não, nenhuma," disse Sra. jauregui. "Contanto que você pareça estar apaixonada por mim e ser fiel, eu não vejo motivo pra você não poder viver o resto da sua vida como escolher." Ela hesitou. Meu Deus, isso era tão estranho. Minha boca estava incrivelmente seca. "Você disse que vai me sustentar. Eu vou receber uma quantia diária ou...?" "Meu cartão de crédito," ela respondeu com facilidade. "Não tem limite. Você vai ser incluída como segunda titular da conta e vai ter seu próprio cartão. Você vai poder usá-lo para qualquer coisa que quiser. Olha, Sra. cabello, todo este acordo inclui uma confiança mútua. Mas durante o tempo que você trabalha aqui, nunca vi nenhum motivo pra acreditar que você é desonesta ou que tira vantagens indevidas das situações. Essa é outra razão pela qual eu escolhi você." Olhei para ela. "Pensei que tinha me escolhido porque eu não acredito em casamento." Ela entrelaçou os dedos, pensativo. "Esse foi o fator decisivo," disse. "Mas eu já tinha avaliado o seu caráter." Ela estava falando de mim como se eu fosse mais um conjunto de características do que uma pessoa. Novamente, achei que isso tinha a ver com a área dela. Ser uma mulher de negócios bemsucedido significava fazer avaliações frias, completamente isentas de impulsos emocionais. Significava ler as pessoas como se fossem uma sequência de zeros e uns, que por acaso tinham um cérebro orgânico, em vez de um feito de chips e díodos. Deve ser libertador não ter que se preocupar com o sentimento das outras pessoas. Mas talvez fosse melhor assim. Se eu fosse entrar em um casamento de conveniência, deveria mesmo ser com alguém que manteria as coisas de forma profissional e, ao fim, terminaria sem qualquer confusão. E me pagaria um caminhão cheio de dinheiro, é claro. Era um ótimo bônus. "Tem mais um assunto que eu gostaria de tratar com você," ela disse, olhando para a mesa. 

"Eu queria ter falado ontem. Se, durante o nosso casamento, você conhecer alguém..." "Eu não estou preocupada com isso," interrompi rapidamente. Ela olhou para mim, seus olhos examinando meu rosto. Parecia que eu tinha conseguido fazê-la lembrar de que eu era, de fato, um ser humano. "Tem certeza?" "Tenho," respondi. 

"Podemos continuar?" "Claro," ela respondeu. "Isso me leva ao próximo assunto. É importante mantermos as coisas de forma profissional. Com um acordo deste tipo, às vezes os limites podem ficar meio confusos. Mas espero que possamos agir de forma controlada e equilibrada um com o outro pra garantir que as coisas se mantenham apropriadas. Você claramente é uma pessoa sensata, então não acho que isso vai ser um problema. Mas seria ingênua fingir que não somos humanos." Ela lançou-me um olhar penetrante, como se estivesse lendo minha mente. 

 Fiquei apreensiva. "Se você sentir que as coisas estão ficando pessoais demais, por favor, não hesite em me falar. E eu farei o mesmo com você." Concordei, tentando ignorar o arrepio desconfortável em minha nuca. Parecia que ela podia ler meus pensamentos. Ela ficou quieta por um instante e percebi que estava esperando algum tipo de confirmação verbal. "Sim," eu disse. "Claro, isso... isso parece bom," falei, com a voz um pouco trêmula. Percebi tarde demais que eu estava fazendo parecer como se já tivesse consentido com o acordo e, por um breve momento, entrei em pânico. 

"Quer dizer, se eu decidir ir em frente com isso." "Claro," ela falou, levantando ambas as mãos em um gesto de súplica. "Nada é oficial até que nós duas assinemos o contrato na presença do meu advogado." 

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