P R E F Á C I O

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Em dezembro, eu me apaixonei por ele. A paixão sempre foi um terreno delicado, eu nem sabia que essa parte de mim existia até ele me mostrar. Ele capturou todas as nuances do meu ser, transformando cada cor em uma só, e invadiu meu coração como uma tempestade de verão.

Quando achei que não poderia mais me apaixonar, me perdi em seu sorriso, na forma como ele segurou minha mão por baixo da mesa de jantar.

Aquelas malditas mãos, aqueles malditos dedos que dedilhavam suavemente as cordas de sua guitarra, deslizavam pela minha pele. Cada toque era como um incêndio, uma corrente elétrica interminável.

Eu queria mais. Queria mais dele a cada palavra que saía de sua boca. Queria escrever sobre ele, sobre como eu odiava o jeito que seu cabelo caía, como odiava suas sobrancelhas juntas e como odiava não conseguir odiá-lo.

Eu poderia fazer todos os esforços, mas jamais conseguiria tirá-lo da minha vida.

Eu simplesmente não conseguia odiá-lo.

Porque eu estava perdidamente apaixonada por ele.

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