Órfã desde jovem, Olivia passou metade da vida em um orfanato, aprendendo a conviver com a dor da perda e a incerteza do futuro. Quando finalmente ingressa na faculdade, ela faz uma amizade sincera com Rocky Lynch, um encontro que muda o rumo de sua...
Chegou o dia do ensaio geral do festival de inverno.
Savannah havia me explicado que todo ano iríamos encenar uma parte da peça para os patrocinadores do evento, para mostrar um "gostinho" de como está o musical e como estão os preparativos. O que me deixava totalmente apavorada.
Logo cedo Stormie me acordou com um grande buquê de peonias, Rocky deveria ter mencionado que era minhas favoritas para ela, porque sempre me presenteava a mim mesma com elas em meu aniversário.
— Respire fundo e arrase. — Malia cantarolou me ajudando a vestir o vestido.
— Nossa mas você está tão linda como Julieta, não vejo alguém melhor que você para esse papel. — Savannah deu um tapinha em minha bunda e eu sorri.
Olhei pela cortina e o teatro estava cheio, haviam muitos homens de ternos e casacos imensos, juntamente com suas esposas super elegantes, era de se impressionar.
— Querida, venha aqui; quero apresentá-la para algumas pessoas. — Sra. Ruby me puxou pelo braço em meio a multidão. — Sullivan.
Meu corpo parou no exato momento em que ouvi aquele nome. Sullivan. Pai de Indie e Jason.
— Senhorita Ruby. — o homem alto com cabelos grisalhos deu um sorriso presunçoso. Com ele havia uma mulher loira que parecia ter tantas plásticas que era irreconhecível seu rosto.
— Olivia, este é Sullivan Wolf, o maior investidor do nosso projeto. — ela o apresentou orgulhosa.
— Olivia. — ele levantou a sobrancelha curioso. — Acho que já ouvi falar sobre você. — ele pausa. — Você. a mais nova inquilina dos Lynch.
Ele estava debochando.
— Sou amiga da família. — digo firme.
— Ruby, poderia nos dar um minutinho? Quero ter uma conversa encorajadora com a nossa estrela da noite. — ele forçou um sorriso e Ruby nos deixou. Droga. — O que acha que está fazendo? Indie me contou muito sobre você, e é por uma grande compaixão minha ainda te deixar participar dessa peça, se eu não gostar de qualquer coisa, eu simplesmente extermino você daqui e de qualquer lugar que você for, está entendendo?
Meu coração estava batendo tão forte que eu não conseguia respirar. Quem esse cara pensava que era? Eu estava a ponto de enfiar minha mão em sua cara. Mas por sorte, o destino cruzou a minha frente.
— Olivia, vamos? — Ross se intromete em minha frente. — Sullivan, como vai? estamos atrasados, com licença.
Em poucos passos vi meu espírito sair do corpo, porque não consegui percebe como fui tirada dali, e agora estava dentro daquele camarim velho é empoeirado.
— Não ligue para o que ele diz, você está aqui por Amy. — Ross diz de costa para mim na frente da porta.
— Não sei se consigo fazer isso.
Antes que eu percebesse, ele está a centímetros de mim, consigo sentir seu hálito de menta novamente. Meu coração esta descontrolado novamente e meus pés flutuando. Como eu posso lidar com tantas emoções em frações de segundos?
— Você tem que faz isso Olivia. — ele fecha os olhos como se sentisse dor e respira fundo. — Não deixe que ninguém te diga o que você pode ou não fazer, não deixem controlar você, suba naquela porra de palco, e mostre quem você é pra eles, não deixe ninguém te calar.
Não consigo respondê-lo, porque nesse momento ele está tão perto de mim, que eu só quero beija-lo. Isso é errado, porque literalmente eu não sinto nada por ele, preferia não sentir, até porque eu sabia toda bagunça que ele poderia ser. E eu entendia que eu não precisava dessa bagunça, mas tudo que eu queria sentir era o sabor de menta em minha boca.
— Temos que ir. — ele suspira fundo, antes de quebrar o contato comigo e sair porta a fora.
Ele estava acabando com a minha cabeça, ele estava conseguindo acabar com o pouco de sanidade mental que eu tinha. Por que Ross Lynch? Por que?
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