D E Z E S S E I S

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Queridos leitores,

Para aproveitar ao máximo este capítulo, sugiro que o leiam ouvindo "Until I Found You". A música certamente irá enriquecer a experiência e intensificar as emoções da leitura.

Desejo a todos uma ótima leitura!

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    A melhor coisa que pude fazer nos últimos dias foi me reconectar comigo mesma. Passei um tempo com Savannah e Malia, que me incentivaram a finalizar mais uma estrofe da minha música.

Aprendi a gostar de feijão, algo que antes detestava, mas Stormie fez uma receita diferente. E finalmente consegui passar um tempo com Rocky, pois parecia que nossa amizade estava tão distante.

Mas o que mais me aliviava era não ter visto Ross desde o anúncio do namoro. Desde o dia em que ouvi Rocky brigando com ele no cômodo ao lado, antes de Ross sair pela porta da frente.

29 de Novembro

— Como você pode fazer isso? — ouvi Rocky falar com um tom sério.

Não era minha intenção escutar, mas não pude evitar, com o tom que usavam. Encostei meu ouvido na parede.

— Você não entende nada, nunca entendeu.— ouvi um barulho de algo batendo, talvez o guarda-roupa. — Se você entendesse 1%, Rocky ..

— Não entendo o que está acontecendo com você! — Rocky elevou a voz. — Quase beijou Olivia no palco e, depois, assume a Indie, na frente de todo mundo? — Ele abaixou a voz ao falar meu nome, mas ainda conseguia ouvi-lo.

— Você nunca me entendeu, e nunca vai entender o porquê das coisas. — Ross falou mais alto. — Acha que eu quero lidar com essa porra? Não quero! Me deixa em paz!

Ouvi a porta se abrir e corri para espiar pela fresta que dava visão à escada.

— Você só está afastando as pessoas, Ross. — Rocky disse, enquanto Ross passava por ele com uma bolsa nas costas. — Só não se arrependa disso.

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"Só não se arrependa disso."

Essa frase ecoava na minha cabeça.

Ele não parecia arrependido, já que fazia mais de quatro dias que ele não voltava para casa. O arrependimento talvez nunca chegasse. Nós teríamos que aceitar Indie. Ou melhor, eu teria que aceitar, pelo menos até o Natal terminar.

— Show dos meninos hoje em Basalt, uma cidade aqui perto! — Savannah deu um gritinho que me tirou dos pensamentos. — Vamos, por favorzinho?

— Sem chance. Não quero ver Indie. — revirei os olhos, mordendo uma fatia de bacon.

— Novidade: — ela tirou o telefone do bolso e mostrou uma mensagem de Riker — Ela não vai. Está fora da cidade com a família. Riker me contou hoje cedo.

— E por que eu deveria ir? — perguntei, sem me convencer.

— Porque é o primeiro show oficial dos meninos nesse fim de ano — ela sorriu, tentando me convencer — E porque está meio óbvio que você anda reclusa desde todo esse drama com a vaca da Indie. Queremos você sorrindo, certo, Malia?

— Isso mesmo, garota! — gritou Malia na cozinha.

— Não tenho roupas. — dei de ombros, relutante.

— Querida, tenho um marido que me dá o cartão de crédito toda vez que joga videogame até tarde. — Savannah piscou.

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