Esperança. Essa palavra perdeu o sentido pra mim.
Eu acreditei que as coisas poderiam mudar, e lutei muito para que isso mudasse. E eu nunca consegui mudar nada.
Não sinto mais esperança. Nem de vida, nem de morte. Nem de que algo vá melhorar. Eu realmente apenas queria que tudo acabasse. Não me sinto mais uma pessoa. Nem mesmo sinto que tenho controle em minhas ações, e realmente não tenho.
Parece até engraçado. Achar que eu poderia mudar alguma coisa.
Tudo ficou maior, mas nunca mudou. O choro daqueles dias é o mesmo de hoje. A dor e o medo são os mesmos. Aquela dor e o desespero da primeira crise ainda continua em cada crise diária. Nada mudou.
Eu sinto vontade de cometer suicídio, mais uma vez. Sinto vontade de vomitar mesmo só em dizer essa palavra. Eu prometi ao papai que não faria mais isso. Nas últimas vezes em que tudo aconteceu, foi de forma inconsciente. Mas agora não é. Mais uma vez não é. Eu nunca consegui cumprir promessas, e sabia que não iria conseguir cumprir com esta também. Eu continuo sendo o monstro de sempre. Nada mudou. Nada.
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Meu Diário
Non-FictionMe chamo Ana. Tento relatar sobre a minha vida como costumava fazer no meu antigo diário físico. Não há coisas boas para se ler neste diário.