As vozes nunca param. Ficam o tempo todo na minha cabeça, mesmo quando eu durmo. Às vezes são cinco, sete vozes diferentes. Algumas se repetem mil vezes. Outras me lembram os meus traumas e me fazem enxergar aqueles dias, me deixando presa neles. Outras controlam minhas decisões. Me assustam, gritam e me machucam por dentro.
Eu tomo mais remédios do que posso contar. E elas não param. As vozes só se calam quando conseguem o que querem. Tortura. Mais tortura. E no outro dia, tudo recomeça. E nunca chega no fim.
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Meu Diário
Non-FictionMe chamo Ana. Tento relatar sobre a minha vida como costumava fazer no meu antigo diário físico. Não há coisas boas para se ler neste diário.