19| Eu te amo, eu te amo...

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Ainda em cima de seu colo, comecei a me esfregar e rebolar para frente e para trás, sem parar nossos beijos, era uma dança sensual, Oli desceu suas mãos da minha cintura até minha bunda levantando minha saia e a apertando firme, suas mãos geladas eram um contraste divino com minha pele quente. Ela começou a tirar minhas roupas até que eu fiquei completamente nua em seu colo.

— Agora é a minha vez.. — falei quase num sussurro, levantando a barra da sua blusa branca, que estava praticamente transparente mostrando seu sutiã preto, quando a tirei juntamente com o sutiã admirei por alguns segundos aquele belo par de seios e aquela pele pálida que sempre tinha um cheiro incrível — Você é tão linda... — Falei suavemente, tocando seus seios e os apertando, vi o brilho de desejo nos olhos de Olívia.

— Eu preciso de você agora, desculpe... — ia perguntar por que ela estava se desculpando, mas ela foi mais rápida em me tirar de seu colo, e tirar o restante de sua roupa em um instante e quando vi já estava no seu colo de novo, só que com nossas pernas entrelaçadas como uma tesoura — Preste atenção nos meus movimentos e repita, entendeu? — falou quase em um sussurro desesperado e ansioso, ela começou os movimentos lentamente, fazendo pressão em nossos clitóris, céus isso era tão, tão delicioso e viciante, desde o meu aniversário nos não fazíamos mais isso, e eu queria tanto.

Os movimentos entre nós se tornaram ainda mais intensos, e eu podia sentir o corpo de Olívia reagindo ao meu toque, sua respiração ofegante misturando-se com os sons abafados da chuva. O desejo entre nós tinha ultrapassado qualquer limite, e estávamos completamente entregues uma à outra, sem pensar em mais nada, apenas naquele momento.

Eu a sentia estremecer debaixo de mim, o corpo dela se arqueando em resposta a cada movimento. O tempo parecia se dissolver, e a chuva que caía ao nosso redor criava uma atmosfera quase mágica, como se o universo inteiro estivesse nos envolvendo em seu ritmo. O mundo lá fora já não existia; éramos só nós duas, naquele espaço pequeno, naquele momento infinito.

De repente, no meio daquela explosão de sensações, Olívia apertou minha cintura com mais força, seu corpo tremendo embaixo do meu. Seus olhos estavam fechados, a cabeça jogada para trás, e seus lábios entreabertos deixavam escapar pequenos suspiros de prazer. E então, no auge de sua libertação, ela abriu os olhos e olhou diretamente nos meus, o brilho de algo profundo e sincero refletido ali.

— Eu te amo, eu te amo... Lyana... — disse ela, sua voz rouca e entrecortada pelo prazer, as palavras saindo como uma confissãr urgente, cheia de verdade e vulnerabilidade.

Meu coração disparou, e por um instante, tudo dentro de mim parou. As palavras dela ecoaram na minha mente, se misturando ao som da chuva e ao ritmo dos nossos corpos ainda em movimento, mesmo depois do ápice de sua libertação. Aquelas três palavras, tão poderosas, me atingiram com uma força indescritível, trazendo à tona tudo o que eu sentia, mas que ainda não tinha sido dito em voz alta.

Eu me inclinei para perto,segurando seu rosto, nossos corpos ainda conectados, e com a voz baixa, quase um sussurro, mas cheia de certeza, eu respondi.

—Eu também te amo, Olívia. Sempre amei.

As palavras saíram com facilidade, como se tivessem estado ali o tempo todo, esperando para serem ditas. E no momento em que as pronunciei, senti algo se libertar dentro de mim. Era como se tudo fizesse sentido, como se finalmente tivéssemos nos encontrado de verdade, naquele momento de total entrega.

Mesmo depois do orgasmo de Olívia, continuamos nossos movimentos frenéticos, estavamos ofegantes, mas não queriamos parar,  estava tão gostoso, hora ou ou outra diminuiamos o movimento e esfregavamos nossas bocetas lentamente, aproveitando cada sensação, nos movendo em um ritmo lento e íntimo, conectadas de uma maneira que ia além do físico. Era como se aquela troca de palavras, de sentimentos, tivesse selado algo entre nós. Algo profundo, indestrutível.

Ficamos ali, nos segurando uma à outra, as respirações voltando ao normal aos poucos. A chuva continuava caindo forte ao nosso redor, mas dentro daquela casinha, naquele nosso pequeno refúgio, tudo estava silencioso e em paz. Olívia ainda me olhava com aquele brilho nos olhos, e eu sabia, com uma certeza absoluta, que aquele momento tinha acabado de esclarecer o que nos ainda tínhamos de dúvida.

Ainda estávamos ali, deitadas, com nossos corpos entrelaçados e respirando em silêncio, ouvindo o som da chuva lá fora. Eu estava deitada entre as pernas de Olívia, com a cabeça encostada no peito dela, e podia sentir seu coração batendo forte, ainda se recuperando de tudo o que tínhamos acabado de compartilhar.

O calor de nossos corpos nos mantinha aquecidas, mesmo com o frio da chuva que nos envolvia. O momento era íntimo, confortável, mas também carregado de uma sensação de algo novo, algo que agora existia entre nós, algo que não poderia ser ignorado.

Olívia começou a acariciar meus cabelos, seus dedos passando suavemente pelas mechas molhadas. O toque dela era reconfortante, quase como se estivesse me acalmando, mas ao mesmo tempo havia uma certa tensão no ar, uma sensação de que algo mais precisava ser dito. E então, com a voz baixa, mas cheia de significado, ela falou:

— Sabe que a partir de agora... — não dá pra gente ser só amigas, não sabe? — As palavras dela pairaram no ar, cheias de peso e verdade.

Eu fechei os olhos por um momento, sentindo o significado do que ela disse reverberar dentro de mim. Sabia que ela tinha razão. Depois do que acabamos de viver, não havia como voltar atrás, como fingir que aquilo não tinha acontecido, como se pudéssemos simplesmente retomar a amizade como se nada tivesse mudado. Porque tudo tinha mudado.

Levantei um pouco a cabeça para olhá-la, vendo o brilho sério em seus olhos, a incerteza misturada com a certeza do que ela sentia. Ela estava me observando atentamente, esperando por minha resposta.

— Eu sei... — sussurrei, minha voz suave, mas firme. — Também não quero que sejamos só amigas. Não dá mais. O que a gente tem... —  respirei fundo, procurando as palavras certas. — É muito mais do que isso.

Ela sorriu, aquele sorriso genuíno e suave que me fazia derreter por dentro. Seus olhos ainda me observavam com carinho, e senti que finalmente estávamos na mesma sintonia, que ambos os nossos corações batiam pelo mesmo sentimento.

— Acha que a gente vai conseguir? — Olívia perguntou, a voz dela carregada de uma vulnerabilidade que raramente mostrava. —Digo, com tudo... com a minha mãe, com a escola... será que dá pra gente ser de verdade?

Eu sabia o que ela queria dizer. O mundo lá fora não seria fácil para nós. A mãe de Olívia, a escola, as expectativas de todos... mas naquele momento, debaixo da chuva, com o cheiro de terra molhada e o calor do corpo dela me envolvendo, eu sabia que valia a pena.

— Eu acho que a gente consegue  sim — respondi com mais firmeza, sentindo uma confiança crescer dentro de mim. — Vai ser difícil, e talvez tenha dias que a gente queira desistir, mas... eu tô disposta a enfrentar tudo isso por você, por nós.

Ela me puxou mais para perto, seus braços apertando minha cintura enquanto me olhava nos olhos com uma intensidade que só Olívia tinha.

— Eu também — ela disse, e o peso daquelas palavras era mais do que uma promessa. Era uma decisão.

Nos beijamos novamente, agora com mais calma, um beijo que selava tudo o que tínhamos dito. Não éramos mais só amigas. Agora, éramos algo mais. Algo que sabíamos que traria desafios, mas que valia cada segundo.

E ali, debaixo da casinha de brinquedo, enquanto a chuva continuava caindo ao nosso redor, decidimos que estar juntas era o único caminho possível.

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