Obsessão Cruel

capítulo 2 -

Era 13:20 da tarde e Jacob permanecia dormindo como pedra, não se dando o trabalho de se mover da posição que estava, por ele ficaria ali mesmo dormindo para sempre, mas isso seria possível se Paul não tivesse esmurrado a porta.

—Jacob, seu desgraçado, acorda porra! -A voz do Lahote soou ainda mais forte na intenção de o despertar, mas o black apenas puxou o lençol e cobriu seu rosto não dando a mínima importância ao amigo. —Billy, parece que ele morreu ali dentro! Pelo amor, acordar Jacob!

—Eu avisei que não daria certo bater na porta e gritar por ele, eu já tentei - Billy diz tomando um xícara de café,

Paul deu um passo para trás, irritado com a resistência da porta, mas não estava disposto a desistir tão facilmente. Tomou impulso e se preparou para arrombar a porta com o ombro, porém, ao encostar na madeira, um frio gélido percorreu sua espinha. Era como se algo invisível o tivesse segurado, impedindo-o de prosseguir. Paul sentiu os pelos de sua nuca se eriçarem e um arrepio intenso se espalhou por seu corpo. Ele deu mais um passo para trás, com a respiração acelerada, e virou-se para Billy, que o observava com as sobrancelhas franzidas.

—Você sentiu isso? - perguntou Billy, sua voz carregada de uma inquietação que ele não conseguia disfarçar.

—Senti - Paul respondeu, ainda encarando a porta como se ela tivesse se tornado uma barreira impenetrável. — Foi... estranho. Não parece certo.

— Eu avisei que não adiantaria insistir. Alguma coisa não quer que o Jacob seja acordado. E, por isso, eu desisti. Não vale a pena continuar chamando por ele. -Billy balançou a cabeça, soltando um suspiro pesado.

Dentro do quarto, Jacob se mexeu lentamente, os olhos se entreabrindo com dificuldade. A luz fraca que invadia o ambiente não era o suficiente para despertar totalmente seus sentidos, mas havia algo ali que o puxava de volta à consciência. Ele se sentou na cama, os músculos ainda doloridos pela noite mal dormida, e foi então que percebeu algo fora do comum.

Sobre a mesa ao lado de sua cama, havia uma carta. Ela não estava ali quando ele adormecera, disso ele tinha certeza. Ao lado do envelope fechado, repousava uma rosa branca. O contraste da flor pálida com a madeira escura da mesa fez com que um calafrio percorresse a espinha de Jacob, como se o quarto estivesse de repente imerso em um ar de mistério denso e sufocante.

Ele estendeu a mão com hesitação, sentindo o frio do ar ao seu redor se intensificar. Seus dedos tremeram levemente ao tocarem o papel da carta, que parecia anormalmente gelado ao toque. Jacob ergueu o envelope, observando-o com cuidado. Não havia remetente, nem qualquer sinal de quem poderia ter deixado aquilo ali. Ele pegou a rosa, sentindo o suave perfume que ela exalava, um aroma que parecia ao mesmo tempo doce e amargo, como uma promessa de algo que ainda estava por vir.

Quando abriu a carta, uma sensação de desconforto tomou conta dele, como se o próprio ar tivesse se tornado mais denso, mais difícil de respirar. As palavras no papel estavam escritas com uma caligrafia elegante e cuidadosa, mas havia algo de perturbador nelas, algo que fez o coração de Jacob acelerar enquanto ele lia as primeiras linhas.

Os olhos de Jacob correram pelas linhas da carta, seu coração batendo mais rápido a cada palavra.

“Me perdoe por demorar demais a perceber o tão incrível és, mas isso não irá se repetir, prometo do fundo da minha alma. Você agora me pertence, você agora é meu para sempre, Jacob Black, mas não tente descobrir quem sou. Isso você só descobrirá quando for meu por inteiro, de corpo e alma. E para o nosso primeiro dia ser perfeito, vá até a sua garagem. Tem um presente lá para você, não precisa me agradecer."

Aassinatura era um enigma por si só: "E.D.C." Quem era essa pessoa?” Um sorriso involuntário surgiu nos lábios de Jacob enquanto ele relia a carta, mordendo o lábio inferior em uma mistura de euforia e curiosidade. As palavras tinham um toque sinistro e possessivo, mas algo nelas o atraía de uma forma que ele não conseguia explicar.