capítulo 8

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Continuação….

— Eu preciso de você, Jacob... aqui — o stalker repetiu, a voz carregada de emoção, como se o simples ato de falar estivesse quebrando algo dentro dele. Jacob engoliu em seco, o olhar fixo no rosto daquele homem. Havia um caos silencioso ali, algo que se misturava à loucura da situação, mas também uma vulnerabilidade que o deixava ainda mais confuso.

— Você não pode me segurar assim... — Jacob disse, com a voz trêmula, tentando soar firme. Ele precisava manter o controle, precisava entender a gravidade daquela situação, mas a forma como o stalker o olhava fazia seus pensamentos se embaralharem. — Deixa eu te ajudar. Eu quero saber o que está acontecendo. Você não está... bem.

O stalker soltou um suspiro, apertando os olhos como se estivesse tentando conter uma enxurrada de emoções. Seus dedos soltaram Jacob, mas ele não se afastou, mantendo-se perigosamente perto, como se a simples ideia de distância fosse insuportável.

— Eu vou ficar bem, Jacob. — Ele respirou fundo, como se estivesse tentando se convencer disso também. — Mas só se você ficar aqui. Preciso sentir que você está por perto... que não vai me deixar. Você não entende como isso... — ele fez uma pausa, sua voz vacilando. — Como me mantém são.

As palavras atingiram Jacob como um golpe, e ele permaneceu imóvel, incapaz de reagir. Algo dentro dele se agitava com aquelas declarações, uma mistura de medo e preocupação que ele não sabia como processar. Mas, acima de tudo, ele sentia a estranha necessidade de acalmar aquele homem.

— Eu... — começou, hesitante, as palavras presas em sua garganta. — Eu não vou a lugar nenhum. Mas você precisa se acalmar. A gente pode conversar sobre isso, tentar entender o que está acontecendo. Eu... posso te ajudar. — As últimas palavras saíram quase em um sussurro, uma promessa que Jacob não sabia se poderia cumprir, mas que sentia ser a única coisa certa a dizer.

O stalker pareceu relaxar um pouco, seus ombros caindo, mas seus olhos permaneceram intensos, fixos em Jacob como se cada palavra fosse vital.

— Eu não vou mais conseguir fingir que não te amo — ele confessou, com uma honestidade brutal, e Jacob sentiu seu coração disparar novamente.

O coração de Jacob bateu mais forte, quase como se quisesse escapar do peito. As palavras do stalker reverberaram em sua mente, como se ele estivesse preso em um redemoinho de emoções que não conseguia entender. Ele respirou fundo, tentando recuperar o controle, mas a pergunta escapou antes que ele pudesse processar completamente.

— Você... me ama? — Ele perguntou, sua voz carregada de descrença, quase como se estivesse tentando se convencer de que aquilo não era real.

O stalker parou por um instante, seu olhar fixo em Jacob, como se analisasse cada mínima reação. Então, um sorriso lento e enigmático apareceu em seus lábios. Ele levantou as mãos e, com um gesto calculado, puxou a balaclava que escondia parte de seu rosto, revelando apenas a boca.

— Sim — disse o stalker, sua voz agora mais baixa, mas firme. — Eu te amo mais do que tudo neste mundo. Desde o dia em que você nasceu. Você sempre foi meu, mesmo que não soubesse disso.

Jacob sentiu o chão sumir sob seus pés. As palavras pesavam sobre ele, deixando-o ainda mais confuso e vulnerável. Era uma declaração avassaladora, algo que ele nunca imaginou ouvir, ainda mais nas circunstâncias em que estava.

O sorriso do stalker não desaparecia, enquanto ele permanecia ali, observando cada reação, como se a espera pelo entendimento fosse tão importante quanto a própria confissão.

Jacob sentiu um arrepio percorrer sua espinha. As palavras do stalker, tão cruas e inesperadas, o deixaram ainda mais perdido. Ele tentou organizar seus pensamentos, buscando alguma forma de compreensão no caos daquela situação.

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