Capítulo 38 | Livro 1

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Hana On:

Estou com um copo de canudo. (A uma base no canudo que empede que alguém veja o conteúdo existente no copo). ainda não consumi o líquido dentro do copo pois estou distraída enquanto tento encontrar Mun.

Abro a porta da biblioteca – depois de seguir o cheiro doce do seu sangue –  e o encontro  sentando com uma pilha de livros ao seu lado.

–Desse jeito vai parecer a Annie. –Digo enquanto me aproximo. Isso o fez perceber a minha presença.

–Preciso pesquisar sobre quais conselhos dar aos representantes na reunião.

–Não quebre muito a cabeça com isto. Confio em você. –Ele sorri.

Vou até ele e me sento na mesa.

–Você não gosta de cadeiras, não é mesmo?

–Sentar encima da mesa é muito melhor. E aí, já sabe quais conselhos vai dar para diminuir a taxa de espíritos malignos?

–Apenas algumas.

Acinto com a cabeça e dou um gole no líquido velho em meu copo.

Sinto meus olhos ficarem vermelhos e minhas presas aparecerem. Acabo soltando um gemido.

Ele sorri.

–Nunca viu uma vampira apreciando sangue? –Pergunto sarcástica.

–Você sabe que não. –Havia me esquecido disto.

Apenas ignoro e continuo bebendo o líquido dentro do copo.

Mun se levanta e fica na minha frente. Um frio na barriga me domina, mas não demonstro.

O cheiro dele fica mais forte.

–Qual é o gosto de sangue? –Cruza os braços.

–Quer provar? –estico meu braço com o copo.

–Que nojo. Estou perguntando sério.

–Nojo!? Vocês lobos não sabem apreciar o que é bom. –Coloco o copo novamente em minha boca. Isso fez Mun rir.

–Estou perguntando sério.

–Depende. Tem seres com gostos doces, e seres com sangue amargo. Bem, esse está bem doce.

–Quais seres tem sangue doce?

–Isso depende. Varia pela magia. Por exemplo, um lobo alfa tem o sangue muito mais doce do que um elfo, mas um elfo também pode ter um sangue doce e um alfa não.

–Então caso uma espécie forte teria um sague muito mais doce?

–Sim. O cheiro também é ótimo. Caso seja uma espécie muito forte, você nem precisa se quer chegar perto para sentir o cheiro doce do sangue. Nossa... O cheiro do sangue de uma espécie forte é vician... –Acabei de perceber que tagarelei para Mun o quanto o seu cheiro é bom.

–Por que parou, Vampirinha? –Ele se aproxima.

Merda, o cheiro dele.

–Eu já contei o que você queria saber. –Olho para o lado, desviando meu olhar do seu.

–Olhe para mim, Hana. –Obedeci, não queria parecer nervosa. –Sente desejo pelo meu sangue? –Se aproxima ainda mais.

–Não...

–Não minta para mim. Consigo ver o quão os seus olhos vermelhos estão brilhando agora.

Meus olhos vão diretamente para seu pescoço.

–Você tem desejo de prová-lo, não é? Por que não contou-me antes?

–Eu não sinto o menor interesse pelo seu sangue, Somun.

–Então porque continua olhando para o meu pescoço? –Olho para seus olhos rapidamente.

Vou jogar o seu joguinho, Somun.

Dou um sorriso.

–Por que a pergunta? –Levo minha mão até o seu pescoço. –Vai me deixar provar?

Ele também sorri e se aproxima ficando entre minha pernas.

–Apenas se você quiser, vampirinha.

–Me recuso a colocar minha identidade em risco fazendo isso em uma biblioteca.

A porta fechou-se sozinha e também se trancou. Mun fez isso.

–Deixe-me dar a minha vampirinha o sangue doce que ela merece. –Ele sussurra em minha orelha, deixando seu pescoço amostra.

–Posso? –Sussurro

–Eu sou todo seu, minha vampira.

Mun On:

Sinto as presas de Hana cravarem a minha pele e também sinto sua mão passar pelo lado do meu pescoço onde não estava sendo mordida.

Com o susto repentino, levei minha mãos a sua cintura e apertei.

Com o tempo, a dor não era a mesma. Sentia ela sugando meu sangue, e também senti ela morder com mais força. Ela gostou.

–Calma vampirinha, eu ainda preciso dele para sobreviver.

Sinto as sugadas diminuerem e a força da mordida também. Por fim, senti suas presas saírem da minha pele.

Ela lambe o local onde foi mordido. Me arrepiei com o ato.

Quando ela se afasta do meu pescoço, vejo seus lábios tão vermelhos quanto os seus olhos. Dou um sorriso e levo meu dedão aos seus lábios, tirando um pouco de sangue que ainda estavam lá.

Escutamos batidas na porta e Hana desce da mesa imediatamente. Eu me sento e volto a olhar o livro como se nada tivesse acontecido. Ao perceber que estávamos em nossos devidos lugares, abro a porta.

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