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AMOR INESPERADO
CAPÍTULO : 01

《...》

La Condesa - MX

Narrador:

Era uma manhã de sexta-feira, por volta das 6h. Lucero já estava acordada, terminando de se vestir em frente ao espelho. Na cama ao lado, Luíza e Lorena dormiam abraçadinhas, uma cena que aquecia o coração de Lucero. Ela finalizou os últimos detalhes, deu um beijo carinhoso na bochecha da filha e saiu do quarto, dirigindo-se à cozinha. Pelo caminho, cumprimentou alguns inquilinos, como sempre fazia, até que parou na porta da cozinha e observou Catarina, que preparava o café.

Catarina: Bom dia, Lucero! (sorri)
Lucero: Bom dia, Dona Catarina. (sorri, indo até a mesa e começando a limpá-la)
Catarina: Mas o que faz acordada tão cedo?
Lucero: Acredita que nem dormi direito essa noite? Depois de ontem... (pausa, desviando o olhar)
Catarina: Quer me ajudar a colocar essas coisas na mesa para o café dos inquilinos?
Lucero: Claro! Mas antes preciso ir à padaria buscar os pães. (abre o armário, pega um dinheiro em uma caixinha)
Catarina: Quando voltar, conversamos. Fique tranquila, Lucero... Pode ser algo que mude sua vida. (sorri com carinho)
Lucero: Assim espero. (bate o pé nervosa e sai, piscando para Catarina)

Lucero guarda o dinheiro no bolso do uniforme e sai da pensão, caminhando até a padaria a duas quadras dali. No entanto, ao chegar à esquina, é surpreendida por Victor, que a segue e segura seu braço com força.

Victor: Lucero, preciso falar com você. (aperta o braço dela, ambos se encaram)
Lucero: Me solta, Victor! (tenta se desvencilhar) Qual é o seu problema?
Victor: Você é o meu problema! (aperta ainda mais) E essa menina... a pirralha que você disse ser minha filha. Sua mãe me entregou sua carta.
Lucero: Me solta, está me machucando! (respira fundo, frustrada) Sabe, ao menos uma coisa útil a Luciana fez... Mas você não tem obrigação de nada, Victor. Ela é só minha filha! (encara-o, firme)
Victor: Agora é tarde pra dizer isso, Lucero. Quem mandou você me escrever contando tudo? Entra no carro, precisamos conversar.

Ele a puxa pelo braço e a leva a um carro preto com motorista. Abre a porta de trás e empurra Lucero para dentro.

Lucero: Eu não vou a lugar nenhum com você! Me deixa sair! (tenta abrir a porta, desesperada)
Victor: Está bem. (respira fundo) Podemos ao menos conversar em um lugar mais tranquilo?
Lucero: Já disse que, se quiser falar, vai ser aqui e ponto final. Aliás, essa carta foi escrita há cinco anos. Se não quis saber antes, não importa agora. Como me encontrou? (o olha, desconfiada)
Victor: Tenho meus meios. E não importa quantas vezes você fuja, vou sempre encontrar você e a nossa filha. Se essa menina é mesmo minha filha, eu exijo um teste de DNA. Quem sabe quantos outros passaram pela sua vida? (a observa com desprezo)
Lucero: Cuidado com o que diz! A única pessoa que levou para a cama fui você! Respeite a mãe da sua filha. Nunca te pedi nada, e se não quer assumir, vá embora de uma vez! (sai do carro e bate a porta)

Victor: Hahaha! (ri, debochado) Se fazendo de vítima? Quem deveria ter se prevenido era você, se entregando como um pedaço de carne! (aperta o braço dela)
Lucero: Me solta, seu desgraçado! Pedaço de carne? Quem você pensa que eu sou? (encara-o, furiosa)
Victor: Quer que eu mostre? Seria bem divertido... (a beija à força)

Lucero se debate, tentando se desvencilhar. Consegue empurrá-lo e, com nojo, limpa a boca. Desce do carro com pressa.

Victor: Lucero, espera! (diz, ofegante, abrindo o vidro do carro) Não mandei você sair! Temos que conversar sobre a minha paternidade!
Lucero: Conversar? (ri, amarga) Conversar com você é uma perda de tempo. (chuta o carro) Não manda em mim! Se não quer acreditar que é sua filha, volte para o maldito lugar de onde veio!
Victor: Pare de ser louca! Vai acabar estragando meu carro! (sai do carro)
Lucero: Estragar sua vida? Você já estragou a minha! A única coisa boa foi a Luíza... sem ela, eu nem sei o que seria de mim!

Victor: Foi você quem quis ir para a cama comigo. E olha que podemos ir de novo... (morde o lábio, provocativo)
Lucero: Não seja hipócrita. Nunca mais quero você perto de mim, nem da minha filha!
Victor: Não venha com ameaças. Posso colocar você na cadeia e tirar sua guarda dela. Colabore, e tudo será mais fácil.

Ele a segura com força, pressionando-a contra o carro, dominando seus pulsos. Lucero o encara, cheia de raiva, mas vira o rosto, impotente.

Victor: Esta noite, vou ligar. Vamos a um lugar reservado. Se colaborar, talvez eu considere deixá-la em paz, entendeu? (diz, sarcástico)
Lucero: Me solta, ou eu grito aqui mesmo!

Um carro de polícia passa, e Victor recua, deixando Lucero ir. Ela atravessa a rua, caminhando rápido até a padaria. Victor a observa de longe, mas Lucero não demonstra medo; apenas raiva.

Na padaria, ela compra os pães e volta à pensão, entrando rapidamente e seguindo para a cozinha.

Catarina: Lu, por que demorou? E o que aconteceu com seu braço? (arregala os olhos ao ver as marcas)
Lucero: Fui parada por um idiota que quer controlar minha vida... (coloca a sacola de pães sobre a mesa, os olhos marejados)
Catarina se aproxima e a abraça, enquanto Lucero desaba em lágrimas.

Catarina: Calma, querida...calma... (acaricia os cabelos dela)
Lucero: Ele nunca vai me deixar em paz... eu não sei o que fazer! (fungando, desolada)
Catarina: Eu vou ajudar você, mas se acalma. Sua filha não pode te ver assim. Vou preparar um chá, certo? (diz, afetuosa)

Lucero conta tudo a Catarina sobre Victor, seu ex-namorado, e tudo o que ele disse. Elas tomam chá juntas até que Lucero se acalma e ambas começam a montar a mesa do café da manhã.

Catarina: Lucero, esse homem... ele pode fazer mal a você(diz, apreensiva).
Lucero: Eu sei, Dona Catarina... (suspira, tomando um gole de suco)

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