~04~

7 2 0
                                    

AMOR INESPERADO
CAPÍTULO: 04

|DIA SEGUINTE|

Na manhã seguinte, Fernando foi o primeiro a acordar, já eram cerca de 8h30. Ele estava na casa dos pais, onde tomou café da manhã e fez seus exercícios na praça, como de costume. Assim que chegou em seu quarto, tomou um banho rápido e começou a se arrumar. Fabrício bateu na porta.

Fernando - Pode entrar!

Fabrício - Bom dia, irmão! Animado para hoje?

Fernando - Bom dia! Muito! (Se enxuga com a toalha) Hoje eu me caso com a Gio! (sorrindo, animado).

Fabrício - Que horas você chegou ontem?

Fernando - Era uma da madrugada. O Bruno me chamou para beber um pouco e eu fui. Mas não consegui dormir direito de tanta ansiedade!

Fabrício - E deu para perceber. (Ambos riem) Vem cá, deixa eu te ajudar!

Fabrício pegou o terno e a gravata, enquanto Fernando se enxugava e vestia a cueca. O irmão o ajudou a colocar o terno. Na casa de Fernando, seus pais também se arrumavam para o casamento.

Enquanto isso, Lucero, após passar a noite viajando com a irmã e a filha, chegava à rodoviária da capital. Lorena dormia no banco de trás, e Luíza estava ao lado dela. Assim que o ônibus parou, os passageiros começaram a descer.

Lucero - E aí, Lolo, acorda! (Acutuca a irmã)

Lorena - Hum... (resmunga) Deixa eu dormir mais cinco minutinhos!

Lucero - Bem que eu gostaria, mas não dá. Levanta aí e me ajuda com as malas!

Lorena - Tá, tá, já vou! (Resmunga, despertando)

Lucero - Pega as malas. Eu levo a Lulu. (Levanta, segurando Luíza no colo)

Lorena - Nossa, essas malas estão pesadas!

Lucero - Reclama menos e vem comigo!

Lorena bufa e sai com as malas, enquanto Lucero desce com a filha no colo. As duas foram uma das últimas a descer do ônibus.

Luíza - Mamãe, já chegamos? (Desperta, abrindo os olhos)

Lucero - Sim, filha. (Sorrindo, dá um beijo na bochecha dela)

Lorena - E pra onde vamos agora? (Coloca as malas no chão)

Lucero - Não sei, mas aqui não podemos ficar! (Analisa o local)

Luíza - Mamãe, minha barriga tá roncando!

Lucero - Já já a gente come alguma coisa. Vamos ali pra praça! (Coloca Luíza no chão e pega a mão dela)

Lorena - Tá bem! (Pega as malas)

As três caminham pela rodoviária até a saída e atravessam a rua rumo à praça da cidade. Elas vão até um banco em frente a uma igreja, bem no centro. Luíza sobe em cima do banco, entre a tia e a mãe, e avista a igreja, seus olhinhos brilham.

Lorena - Mamãe, olha ali! (Aponta com o dedinho)

Lucero - O que foi, filha? (Levanta e olha)

Lorena - Parece que vai ter um casamento!

Lucero - Verdade, a igreja tá tão bonita! (Sorrindo)

Luíza - Mamãe, a gente podia ir lá pra assistir ao casamento! Vamos? (Junta as mãozinhas e faz cara de sapeca)

Lucero - Meu amor, melhor não. Nem fomos convidadas!

Luíza - Mas a gente pode assistir, mamãe, mesmo de longe, não é, titia? (Olha para Lorena)

Lorena - Minha princesa, não seria uma má ideia assistir, mas tem que ser de longe!

Luíza - Oba! Vamos lá, titia! (Puxa a mão dela)

Lucero - Só de longe, tá bom? E Lorena, fica de olho nela!

Lorena concorda com a irmã e leva Luíza até a avenida, onde elas observam toda a movimentação. Lucero continua sentada no banco, mexendo no celular.

Enquanto isso, na casa de Fernando, ele já estava arrumado e vestindo o terno.

Fernando - E aí, como estou? (Vira-se, olhando para Fabrício)

Fabrício - Lindão! (Brinca, e ambos riem)

Fernando - Então é melhor irmos, né? Não quero me atrasar pro meu próprio casamento!

Fabrício - E nem faria sentido, né, irmão?

Os dois saem do quarto juntos e descem as escadas, onde encontram os pais na sala de estar.

Renata - Uau, filho, você está lindo! (Olha para ele)

Carlos - Concordo com sua mãe dessa vez!

Fabrício - Vocês são puxa-sacos! Ninguém vai falar nada de mim, né? (Para e coloca as mãos no bolso)

Renata - Meus dois filhos estão lindos, mas o Fernando é o mais bonito! (Brinca, e todos riem)

Fabrício - Hum, sei!

Carlos - Bom, então vamos?

Os quatro concordam e saem da casa. Fabrício e Fernando entram no carro dos pais, que seguem em outro veículo, e todos rumam para a igreja.

|CASA DE GIO|

Giovanna estava em seu quarto com a porta trancada. Pegou uma das malas do closet e começou a colocar as roupas. Sobre a cama estava o belo vestido de noiva. Bruno, por sua vez, acabara de chegar em frente à casa dela. Ele desceu do carro, pegou as chaves, abriu o portão e entrou sem ser visto, posicionando-se próximo à janela do quarto da amada. Na sala de estar...

Marcela - Gente, essa menina está demorando demais!

Rúbens - Deixa a nossa filha se arrumar em paz. (Rindo) Vou trazer algo pra gente beber!

Marcela - Não, não quero me embriagar agora. Vou lá no quarto ver se está tudo certo, se não vamos chegar atrasados à igreja!

Rúbens - Mas ela é a noiva, relaxa, mulher!

Marcela balança a cabeça em negação e dá de ombros, subindo até o quarto da filha. Ela bate na porta.

Marcela - Filha, não quer ajuda?

Giovanna - Não, mãe, não precisa! (Joga as roupas na mala)

Marcela - Não podemos nos atrasar!

Giovanna - Eu sei, mãe. Daqui a meia hora eu fico pronta, tá bem?

Marcela - Ok, vamos te esperar na sala de estar! (Suspiro animado e desce para a sala)

Giovanna - Tá bom, mãe!

No andar debaixo, Marcela toma um pouco de vinho com o marido. No segundo andar, Giovanna fecha as malas e escreve uma carta para os pais à mão, deixando-a sobre a mesinha. Em seguida, caminha até a janela, tira o roupão branco que usava e o joga sobre a cama. Ao abrir a janela devagar, Bruno sorri ao vê-la.

Bruno - Achei arriscado jogar uma pedrinha aqui. Já está pronta?

Giovanna - Sim, toma, segura minhas malas! (Joga com cuidado)

Bruno - Beleza, mas a gente não pode demorar. Vem, eu te ajudo!

Ela pega a bolsa e se senta na janela. Bruno se aproxima, estica os braços e a pega pela cintura, fazendo com que ela pule em seu colo.

Bruno - Enfim, seremos muito felizes! (Dá um selinho nela)

Giovanna - Sim, meu amor. Já não aguentava mais o Fernando! (Bufa e revira os olhos) Mas vamos logo!

Bruno - Tá bom! (Pega as malas dela)

Bruno e Giovanna caminham até a saída. Como o portão estava meio aberto, ele segura a mão dela, e os dois saem sem fazer barulho. Ambos entram no carro e o motorista dá partida rumo ao interior do México.

AMOR INESPERADO Onde histórias criam vida. Descubra agora