Eu tava sentado na cama, olhando pra Júlia que não parava de andar de um lado pro outro. Ela tava com a mão na cabeça, claramente desesperada.
Júlia: "O que a gente vai fazer, Davi? O que a gente vai fazer? É muito dinheiro pra gente! Não tem como conseguir isso do nada."
Ela tava surtando, e eu entendia. Só que eu não podia deixar o pânico tomar conta de mim também. Fiquei ali, olhando pro chão, tentando pensar em uma solução, enquanto ela continuava falando, cada vez mais aflita.
Júlia: "Davi, fala alguma coisa! A gente precisa resolver isso, não dá pra deixar o pai fazer o que ele quiser."
Eu respirei fundo, tentando manter a calma.
Davi: "Calma, Ju. A gente vai dar um jeito. Eu prometo que não vou deixar ele ferrar com a nossa vida assim. Eu vou pensar em alguma coisa."
Ela parou de andar e me olhou, meio desesperada, meio confiante de que eu teria uma resposta.
Júlia: "Mas o quê, Davi? O quê que a gente vai fazer?"
Eu ainda não tinha a resposta, mas sabia que não podia deixar isso continuar assim. A gente ia precisar de ajuda, mas de quem?
Júlia ficou me encarando, esperando uma resposta, e eu sabia que ela precisava de algo mais concreto do que só promessas.
Davi: "Eu não sei ainda, Ju. Mas a gente não tá sozinho nessa. Eu vou falar com o Pedro. Ele conhece uns caras, talvez ele possa ajudar a arrumar essa grana de algum jeito, sei lá, um trampo rápido."
Ela cruzou os braços, claramente frustrada.
Júlia: "Trampo rápido, Davi? Tu acha que vai ser fácil assim? O pai não vai esperar a gente juntar esse dinheiro com calma. Ele tá ameaçando a mãe! E se ele aparecer de novo?"
Davi: "Eu sei! Eu sei que a gente tá numa situação ferrada, mas a gente precisa pensar com calma. Se a gente se desesperar, não vai conseguir fazer nada."
Ela respirou fundo, tentando se acalmar.
Júlia: "Tá, mas a gente tem que fazer alguma coisa agora, não dá pra esperar. Não vou conseguir dormir sabendo que ele pode voltar a qualquer momento."
Davi: "Eu sei, Ju. E eu tô contigo. Mas a gente precisa ser esperto. Eu vou ver o que posso fazer com o Pedro, mas a gente também tem que manter a mãe calma. Se ela perceber que a gente tá surtando, vai ser pior."
Júlia: "Tá... tá, você tem razão. Mas, Davi... não deixa a gente na mão, por favor."
Eu levantei e fui até ela, segurando seus ombros.
Davi: "Nunca, Ju. Eu vou proteger a gente. Eu prometo."
Era meio-dia, o sol tava rachando lá fora, mas eu nem ligava. A mãe tinha feito o almoço, e eu sabia que ela e a Júlia tavam esperando eu descer pra comer, mas eu não conseguia pensar em comida agora.
Mãe, chamando lá de baixo: "Davi, desce pra almoçar, filho!"
Júlia: "Vem logo, mano! Tá todo mundo na mesa."
Eu olhei pro relógio, senti o calor vindo da janela, mas foda-se se o sol tava torrando. Levantei, mas não fui até a cozinha.
Davi: "Cês podem comer sem mim, não tô com fome agora."
Júlia apareceu na porta, me olhando preocupada.
Júlia: "Tá, mas e aí, o que tu vai fazer? Ficar aqui sem comer não vai resolver nada."
Eu balancei a cabeça, tentando afastar os pensamentos.
Davi: "Eu sei, mas preciso focar em resolver isso. Depois eu penso em comer."
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É os Bigode da Firma.
Adventure"É os Bigode da Firma" é minha história, onde eu, Davi, vivo na quebrada. Me meto em amor e traição, e quando rola um lance com a Isadora, mulher do dono do morro, a parada fica tensa por uns motivos ai. A vida vira um caos, e no meio do funk e das...