OLIVER
O ESTÁDIO
Eu estava completamente ferrada. Fodida. Sem saída.
Deixei Harry me dominar tão rápido, tão profundamente, que agora parece que cada tecido do meu corpo carregava alguma digital dele. Por toda parte.
É como se a noite passada tivesse deixado uma marca invisível, cravada em mim de um jeito que eu não conseguia – ou talvez não queria – apagar.
Essa sensação me consumia, como uma chama acesa que eu, de propósito, me recusava a apagar. Eu estava acostumada a ser um enigma, a manter tudo sob controle, a ter uma fachada impermeável. Não só para Harry, mas para todos. Sempre fiz questão de que ninguém atravessasse essa imagem de "Oliver, a responsável" ou "Oliver, a profissional". Nunca deixei ninguém ver mais do que eu queria, mas Harry... Porra. Harry encontrou as fissuras, os pontos fracos que eu acreditava ter guardando tão bem.
Cada vez que ele me olhava, eu sentia que ele estava me descobrindo de uma forma inesperada, vendo além da imagem que eu tentava manter para o mundo. E aquele jeito dele, tão rebelde e tão instintivo, me fazia baixar a guarda sem que eu nem percebesse. Era como se, de alguma forma, ele soubesse exatamente o que dizer e o que fazer para derrubar todas as barreiras que eu achava serem intransponíveis.
Naquela cama, não houve títulos, não houve profissionalismo, não houve astro, não houve mais nada além de dois corpos nus. Eu era apenas eu, nua em todos os sentidos. E ele também.
Ao me ver assim, tão exposta e vulnerável, Harry não recuou, não desviou o olhar. Ele mergulhou fundo, explorando cada detalhe meu, com uma curiosidade e uma intensidade que fazia o meu coração disparar e, ao mesmo tempo, se aterrorizar.
A forma como ele passava os dedos pelas minhas tatuagens, como se estivesse tentando decifrar os segredos que elas carregavam, me deixava em total alerta. A maneira como ele estudava cada linha, cada símbolo, me fazia questionar até que ponto eu estava disposta a deixá-lo chegar.
E se ele soubesse da verdade? Como seria? Como ele me enxergaria? O que ele pensaria?
Foda-se!
Eu deveria estar focada, pensar no próximos passos, nos problemas que sempre surgiam mas toda vez que minha a mente escapava para aqueles momentos em que estivemos juntos, meu corpo todo se desligava do mundo. Cada memória, cada toque, cada palavra trocada, tudo voltava com uma clareza intensa. Ele tinha atravessado o meu manto profissional, arrancado as defesas sem esforço e eu sentia que estava perdendo o controle.
E sei lá, talvez, eu quisesse continuar perdendo mesmo o controle com ele.
Agora, eu estava sentada em uma das salas vazias de conferência no Olympiastadion, onde logo mais Harry Styles subiria ao palco. A sala era fria, formal, iluminada com uma apenas pela tela de um laptop em videoconferência com August Stones e pelo olhar atento de Matt, que, claro, esperava que eu estivesse 100% presente. Estávamos em uma reunião improvisada para um ponto de situação semanal, uma forma de garantir que tudo estava saindo perfeitamente bem – a imagem, as entrevistas, as aparições de última hora, o controle de qualquer possível escândalo.
Só que minha cabeça estava longe, muito longe.
— Oliver? — Matt perguntou, o tom levemente impaciente, enquanto eu tentava disfarçar o quanto estava distraída. — Você ouviu o que eu disse?
Pisquei, voltando para a realidade da sala.
— Sim, Matt. Desculpa. — tentei recompor a expressão, focar no que estava acontecendo ali. Ele arqueou a sobrancelha, claramente desconfiado.
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WAR IN YOUR EYES | h.s
Fanfic[+18] Harry Styles é o bad boy que todos amam odiar. Suas músicas dominam as paradas, seus shows são lotados mas a sua vida é um caos público - por trás dos holofotes, ele é um homem à beira do colapso, afundado em álcool, brigas e noites sem fim. S...