Acordei cedo com o som da tempestade rugindo do lado de fora, a chuva batia com tanta força na janela que, por um momento, tive a impressão de que o vidro poderia se estilhaçar a qualquer instante. Rin ainda dormia, alheia ao caos do lado de fora, seu rosto tranquilo contrastava com o clima violento que nos cercava. Levantei-me em silêncio, indo até o banheiro, onde aproveitei para tomar um banho, tentando afastar a tensão que aquele ambiente me causava.
A água quente escorria pelo meu corpo, um raro momento de paz em meio ao turbilhão que a vida havia se tornado. Quando terminei, envolvi uma toalha ao redor do cabelo e voltei ao quarto. Rin ainda estava profundamente adormecida, seu corpo se movendo suavemente com a respiração. Caminhei até a varanda e, por um instante, deixei meus olhos vagarem pela paisagem escura e chuvosa. A tempestade parecia refletir meus pensamentos, caótica e implacável.
— Lena? — a voz de Rin soou baixa e sonolenta. Ela se mexeu, com uma expressão abatida. — Estou enjoada... — disse ela. Virei-me imediatamente para ela, preocupada.
— Ih, amiga, quer que eu use ninjutsu para ajudar?
— Não... — ela suspirou. — Acho que é fome... Não como desde aquele almoço, deve ser isso.
— Vou ver o que encontro para você comer — respondi, saindo do quarto em direção ao corredor.
Ontem, enquanto fofocávamos, nem percebi o quão imenso era esse lugar. O corredor parecia interminável, conectando vários quartos, e eu sabia que precisava encontrar a cozinha, o que provavelmente significava descer as escadas. A casa era bem organizada, com um gosto surpreendentemente refinado para um lugar cheio de renegados. Mas havia algo estranho, estava completamente vazio, como se fossemos as únicas ali.
Finalmente, encontrei a cozinha. Era iluminada pela luz externa, protegida por uma enorme parede de vidro. Um alívio, pelo menos, encontrar algo familiar. Mas esse alívio durou pouco.
— Você de novo!? — uma voz ecoou atrás de mim, me fazendo pular de susto. Quando me virei, lá estava ele, o loiro da toalha.
— Ah, é você, Toalinha — disse, tentando parecer despreocupada. Ele se aproximou, claramente irritado.
— Não me chama assim — ele rosnou, aproximando-se rapidamente e me encurralando contra o balcão, suas mãos apoiadas ao redor de mim.
— Qual é o seu problema? Tem algum fetiche em encurralar as pessoas dessa forma? Ou está com vontade de me beijar? — perguntei, provocando-o enquanto via seu rosto ficar ruborizado. Não conseguia discernir se era de vergonha ou raiva.
— Eu estou a um passo de te explodir, garota! Você mal chegou e já me tirou mais do sério do que muitos por aqui! — ele parecia furioso.
— Relaxa, Toalhinha. Você não precisa ficar tão estressado — provoquei, vendo-o bufar, esfregando a mão no rosto, claramente tentando manter a calma. Foi aí que percebi.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Vermelho cor de sangue (Imagine Konoha).
أدب الهواةCapítulos longos! "A vida não é fácil para um shinobi, mas eu fiz as minhas escolhas e vivo assim. Mas... essa história não é minha. Esta é a história de uma jovem chamada Helena, Helena Uchiha. E o que dizer sobre ela? Ela é talentosa e tem um cora...