As Três Estações - PJM & JJk

• Capítulo 25

— JIMIN POV —

Eu estava sentado com o pequeno dragão quando a moça de mais cedo apareceu. Ela disse que tinha perdido a cachorrinha e perguntou se eu poderia ajudar a procurar, eu disse que sim, perguntei aonde ela estava a última vez com o animal e ela me levou até um local afastado da festa, era uma casa velha com o teto quebrado.

- moça, você estava aqui com ela? Como ela sumiu?

Indaguei curioso enquanto olhava atrás do sofá. Não estava ali. O piso velho rangia um pouco, e tinha barulhos de ratos na casa de madeira. O barulho do lado de fora eram as vozes das pessoas que passavam, mas pela casa estar em um lugar mais afastado, as vozes ficavam distantes.

- moça não vai ajudar a procurar? Ela pode estar em perigo.

Hanna: mas não está.

- não? Você disse que esta-

Encarei a mulher mais velha tirar da bolsa uma tesoura e arregalei os olhos enquanto dava passos para trás. Me virei rápido quando senti minha costas bater contra alguém. Um homem. senti as minhas mãos suarem e aos poucos começarem a tremer, e meu coração acelerar aos poucos.

- o-o que estão fazendo!? O que vão fazer!??

Hanna: seu cabelo é lindo. Eu quero ele. Eu gosto de colecionar cabelos bonitos..deveria procurar saber sobre o lugar que vem, garoto.

- m-meu cabelo!? Não! Meu cabelo não!

neguei freneticamente com a cabeça e engoli seco enquanto dava pequenos passos para trás.

Hanna: segura ele, querido. Vou tirar esse cabelo maravilhoso e mata-lo. É um garoto insignificante.

senti a vontade de chorar vir à tona e me debati na tentativa de me soltar das mãos grandes. Por que ela queria meu cabelo?

- me solte!! Me solte. Você é maluca!!

Alterei a voz e pisei no pé do homem com força, e corri em direção a porta velha, mas antes que eu chegasse, eu fui segurado e empurrado pela garota contra o chão velho que quebrou um pouco. Me levantei com dificuldade enquanto era segurado mais uma vez, dessa vez com força. A garota se aproximava com um sorriso nos lábios e com aquela tesoura um pouco cega e com sangue seco. Meu peito subia e descia, e dentro de mim tinha um desespero que eu não podia descrever, eu estava trêmulo.

Hanna: fique quieto! Cale a boca.

A garota disse baixo e eu fechei os olhos com força enquanto sentia as mãos dela retirar a touca do meu cabelo e cortar ele. Ela estava cortando meus cabelos e depois iria me matar.

Hanna: silêncio, maldito. Alguém está ali fora. – falei baixo e olhei para o garoto enquanto tentava analisar os passos que era dado em frente a casa. A luz da lua batia no vidro embaçado e me dava a silhueta da pessoa que olhava de um lado para o outro.

- JUNGKOOK HYUNG!!

Quebrei o silêncio e solucei forte enquanto encarava a porta com os olhos cheios de lágrimas.

Hanna: maldito!! - depositei um tapa forte no rosto do mesmo e me virei para a porta.

virei o rosto com o impacto e puxei o ar que faltava em meus pulmões pelo choro desesperado. Meu olhar foi até a porta velha que foi aberta, revelando Jeon.

—  meu amor!? – eu fui guiado por alguém até uma casa abandonada, eu não sabia porque eu estava ali, mas eu sentia que tinha algo. Eu conseguia ouvir respirações pesadas e barulhos do piso de madeira rangendo. Quando iria sair dali eu ouvi o grito de Park e sem pensar muito eu abri a porta com força e encarei a cena do meu garoto preso, os olhos vermelhos e as bochechas gordas completamente molhadas pelo choro. Meu sangue ferveu, as minhas mãos começaram a suar e meu coração acelrerou as batidas. Eu estava com medo de algo acontecesse a ele. Dei um passo para frente para me aproximar, mas a garota havia se metido na frente com a tesoura apontada para mim, me impedindo de continuar. Maldita. – sai da frente!! – praguejei e me aproximei mais, agarrado a tesoura velha e  jogando ela no chão,em seguida empurrei a mesma contra o piso velho com força e me aproximei do homem mais velho que jogou Jimin para trás e me puxou pela camisa. O ruivo esticou o punho na tentativa de me acertar, mas acabou que eu desviei e depositei um soco forte em seu nariz, fazendo-o cambalear para trás e cair. – bebê.. – engoli o nó na garganta e peguei o garoto no colo estilo noiva enquanto ele chorava. Cobri a cabeleireira loira e cortada com a touca vermelha que estava no chão. — vamos para a pousada.