A Mensagem Não Respondida

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Haru estava sentado no sofá da sala, com o celular na mão, olhando para a mensagem de Aki pela milésima vez. Ele suspirou, frustrado, e passou a mão pelos cabelos negros, bagunçando-os ainda mais. A sala estava iluminada pela luz suave do fim da tarde, com pôsteres de animes nas paredes e uma estante cheia de mangás ao lado da TV. Kenji, seu melhor amigo, estava ao seu lado, jogando videogame, mas claramente prestando atenção na indecisão de Haru.

— Cara, você ainda não respondeu? — perguntou Kenji, pausando o jogo e virando-se para Haru com uma expressão de incredulidade.

— Eu não sei o que dizer, Kenji. E se eu falar algo errado? — respondeu Haru, mordendo o lábio inferior, nervoso.

Kenji revirou os olhos e deu um leve tapa no ombro de Haru.

— Você está complicando demais. Ela só quer tomar um café com você. Não é como se ela tivesse pedido para você resolver um enigma impossível.

Haru suspirou novamente, seus olhos castanhos cheios de preocupação.

— Eu sei, mas... e se eu parecer idiota?

Kenji bufou, impaciente, e passou a mão pelos cabelos curtos e despenteados.

— Haru, você já está parecendo idiota por não responder. Ela deve estar pensando que você não está interessado. Só manda uma mensagem simples, tipo "Oi, Yamamoto. Eu adoraria tomar um café com você. Quando você está disponível?"

Haru olhou para Kenji, considerando suas palavras.

— Você acha que isso é suficiente?

— Sim, é mais do que suficiente. Agora, pega esse celular e responde logo antes que eu faça isso por você — disse Kenji, cruzando os braços e levantando uma sobrancelha.

Haru respirou fundo, pegou o celular e começou a digitar a mensagem. Ele leu e releu várias vezes antes de finalmente apertar "enviar". Sentiu um alívio imediato, como se um peso tivesse sido tirado de seus ombros.

— Pronto, enviei — disse Haru, olhando para Kenji.

Kenji sorriu, satisfeito.

— Viu? Não foi tão difícil. Agora, vamos voltar ao jogo. Tenho certeza de que ela vai responder logo.

Enquanto voltavam a jogar, Haru não conseguia parar de pensar na resposta de Aki. Ele sabia que esse era apenas o começo de algo novo e emocionante.

De repente, o celular de Haru vibrou. Ele recebeu uma mensagem. Desesperado, ele correu para pegar o celular, mas foi tão desajeitado que acabou derrubando o copo de água que estava ao lado. A água se espalhou rapidamente, molhando o celular.

— Ah, não! PUTA QUE PARIU! — gritou Haru, pegando o celular molhado. Seus dedos tremiam enquanto ele tentava secar o aparelho com a camisa, mas a tela estava piscando e o aparelho não respondia.

Kenji olhou para ele, surpreso. — Cara, você precisa ser mais cuidadoso!

Haru tentou secar o celular com a camisa, mas a tela estava piscando e o aparelho não respondia.

— Porra, o que eu faço agora? — perguntou Haru, desesperado.

Kenji suspirou e pegou uma toalha. — Primeiro, vamos tentar secar isso direito. Depois, você pode colocar o celular em um pote de arroz para tentar absorver a umidade.

— Cara, da onde você tira essas ideias?

— Mano, você não tem net? Isso é uma coisa básica de se saber quando você derruba o celular na água — falou sorrindo, apoiando as mãos no óculos como se estivesse acabado de hackear algo.

Destino Entre LinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora