A Saudade Nos Pequenos Detalhes

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Já haviam passado dez horas sem nenhuma mensagem de Aki. Haru estava tomado por explosões de sentimentos. Ele não sabia o que fazer sem Aki por perto. Para cada canto que olhava, lembrava-se das coisas que tinha feito ao lado dela.

— Estou com saudades de você... — murmurou para si mesmo.

Haru sabia que, em breve, teria que ir à casa de Aki para ver como Kaito estava. Ele prometera cuidar dele, mas, ao mesmo tempo, estava com medo de ir. Temia sentir o cheiro de Aki, ver as fotos dela e lembrar-se do seu sorriso.

Percebendo o clima pesado, Yumi se aproximou na tentativa de confortá-lo.

— Ei, irmãozinho... — disse ela, agarrando-se ao braço de Haru. — Vamos fazer alguma coisa para você se distrair. Que tal jogarmos?

Haru olhou para a irmã e bagunçou os cabelos dela de leve, esboçando um pequeno sorriso.

— Não precisa se preocupar comigo, Yumi... Mas, sim, vamos jogar. Preciso me distrair.

Quando os dois já estavam acomodados em seus lugares e prontos para jogar, Yumi perguntou animada:

— E aí, qual jogo vamos jogar? — Enquanto mexia nos jogos, ela se deparou com um título de luta que ambos costumavam jogar. — Achei! Nossa, que saudade! Faz muito tempo que a gente não joga isso junto, irmãozinho.

Assim que Yumi iniciou o jogo, Haru fez uma expressão de tristeza exagerada, chamando a atenção dela.

— O que foi? — perguntou Yumi, confusa.

— A Aki amava esse jogo... — respondeu Haru, fingindo segurar o choro.

— Haru! — exclamou Yumi, atirando um travesseiro no rosto dele.

— Ei! Não bata em um homem de coração partido. — retrucou Haru, fingindo-se dramático.

— Que coração partido? Ela nem terminou com você! Agora para com esse drama e vamos nos divertir. Não aguento te ver assim.

Nesse momento, a campainha tocou.

— Ah! Deve ser ele! — disse Yumi, levantando-se para atender à porta.

Haru franziu a testa, confuso.

— Como assim "ele"? Não estou com vontade de ver ninguém, Yumi.

Ao abrir a porta, lá estava Kenji, segurando algumas sacolas de compras.

— Ei, ouvi isso, hein! — brincou Kenji, lançando um olhar para Haru. — Fiquei sabendo que meu melhor amigo está na bad, então trouxe refrigerantes, batatinhas e uns mangás. — sorriu ele.

— Sabia que podia contar com você, Kenji! — respondeu Yumi, abraçando-o antes de puxá-lo para dentro de casa.

Haru, embora envergonhado, sentiu-se feliz por ver Kenji ali, disposto a ajudá-lo.

— Valeu por vir, Kenji. — disse Haru, esboçando um sorriso sincero.

Eles passaram a tarde inteira jogando, rindo e se divertindo. Porém, eventualmente, o silêncio se instaurou novamente. Yumi e Kenji perceberam que Haru estava perdido em pensamentos.

Às 16h, o celular de Haru vibrou. Ele o pegou rapidamente, cheio de expectativa. A tela exibia uma mensagem de Aki.

Aki: "Oi, Haru! Finalmente cheguei nos Estados Unidos. Estou esperando o táxi para ir pra casa."

Ao ler a mensagem, Haru sentiu um alívio imenso. Lágrimas de felicidade brotaram em seus olhos, e ele começou a rir e a gritar de alegria. Yumi e Kenji, surpresos com a reação, começaram a rir também.

Destino Entre LinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora