Confissões ao Entardecer

12 2 4
                                    

Aki estava nervosa, suas mãos suando enquanto esperava por Haru no parque. O sol estava se pondo, pintando o céu com tons de laranja e rosa. Ela sabia que hoje era o dia em que finalmente iria confessar seus sentimentos, mas as palavras pareciam presas em sua garganta.

Quando Haru chegou, ele sorriu ao vê-la, mas notou a expressão séria em seu rosto.

– Aki, está tudo bem? – perguntou ele, preocupado.

Aki respirou fundo, tentando acalmar seu coração acelerado.

– Haru, eu... preciso te dizer uma coisa. Algo que venho guardando há muito tempo.

Haru franziu a testa, mas assentiu, encorajando-a a continuar.

– Pode falar, Aki. Estou aqui para ouvir.

Aki abriu a boca para falar, mas as palavras não saíram. Ela desviou o olhar, tentando encontrar coragem.

– É que... – começou ela, mas foi interrompida por um grupo de crianças correndo e rindo ao redor deles.

Haru olhou para as crianças e depois de volta para Aki, esperando pacientemente.

– Vamos dar uma volta? – sugeriu ele, oferecendo a mão.

Aki assentiu, aceitando a mão de Haru. Eles começaram a caminhar pelo parque, o silêncio entre eles cheio de tensão não dita. Aki tentava encontrar o momento certo para falar, mas cada vez que abria a boca, algo a interrompia.

Eles passaram por um lago onde os patos nadavam tranquilamente. Haru parou para observar os patos, sorrindo.

Aki sentiu uma onda de coragem, mas antes que pudesse falar, uma brisa forte soprou, fazendo as folhas caírem ao redor deles. Haru olhou para o céu, preocupado.

– Parece que vai chover. Vamos encontrar um lugar para nos abrigar.

Eles correram para uma pequena cabana no parque, rindo enquanto a chuva começava a cair. Dentro da cabana, Aki e Haru se sentaram, ainda de mãos dadas.

– Aki, você pode me dizer qualquer coisa. Eu estou aqui para você – disse Haru, apertando suavemente a mão dela.

Aki respirou fundo, sentindo-se mais segura.

– Haru, eu... eu tenho algo importante para te dizer. Algo que venho guardando há muito tempo.

Haru olhou para ela, seus olhos cheios de expectativa.

– O que é, Aki?

Aki abriu a boca para falar, mas a porta da cabana se abriu com um estrondo. Kenji e Hana entraram, encharcados pela chuva.

– Desculpem interromper – disse Kenji, rindo. – Mas parece que encontramos um bom lugar para nos abrigar também.

Hana olhou para Aki e Haru, percebendo a tensão no ar.

– O que está acontecendo aqui? – perguntou ela, curiosa.

Aki e Haru se afastaram um pouco, ainda de mãos dadas.

– Nada demais – respondeu Aki, tentando esconder o sorriso. – Só estávamos conversando.

Kenji e Hana se sentaram ao lado deles, e a conversa logo se transformou em risadas e histórias compartilhadas. A chuva continuava a cair lá fora, mas dentro da cabana, tudo parecia perfeito.

Quando a chuva finalmente parou, eles saíram da cabana e caminharam juntos pelo parque. Haru segurou a mão de Aki, sentindo-se mais feliz do que nunca.

– Nada demais – respondeu Aki, tentando esconder o sorriso. – Só estávamos conversando.

Enquanto caminhavam, Aki sentiu uma nova onda de coragem. Ela sabia que precisava falar com Haru antes que o momento passasse novamente. Parando de repente, ela puxou Haru para um canto mais tranquilo do parque, onde as árvores formavam um pequeno abrigo natural.

– Haru, eu realmente preciso te dizer algo – disse ela, olhando diretamente nos olhos dele.

Haru franziu a testa, mas assentiu, encorajando-a a continuar.

– Pode falar, Aki. Estou aqui para ouvir.

Aki respirou fundo, sentindo o coração bater mais rápido. Ela olhou para o chão, tentando encontrar as palavras certas.

– Haru, eu... eu gosto de você. Não apenas como amigo, mas de uma forma mais profunda. Tenho guardado esses sentimentos por muito tempo e não podia mais esconder.

Haru ficou em silêncio por um momento, processando as palavras de Aki. Então, um sorriso suave apareceu em seu rosto.

– Aki, eu também sinto o mesmo. Só estava esperando o momento certo para te dizer.

Aki sentiu uma onda de alívio e felicidade. Eles se abraçaram, sentindo que finalmente tinham encontrado a coragem para expressar seus verdadeiros sentimentos.

Aki sentiu uma onda de alívio e felicidade. Eles se abraçaram, sentindo que finalmente tinham encontrado a coragem para expressar seus verdadeiros sentimentos. Mas, de repente, tudo ao redor começou a tremer. As árvores balançavam violentamente e o chão parecia se mover sob seus pés.

Aki olhou ao redor, assustada, enquanto um som alto e insistente começou a ecoar. Ela tentou entender o que estava acontecendo, mas a sensação de pânico tomou conta.

Então, tudo ficou escuro e o som se tornou mais claro. Era o som de um despertador. Aki abriu os olhos de repente, ofegante, e percebeu que estava em seu quarto. O sol da manhã entrava pela janela, e seu celular vibrava na mesa de cabeceira.

Ela pegou o celular e desligou o alarme, sentindo-se desorientada. Tudo tinha sido um sonho. Um sonho tão real que seu coração ainda batia acelerado. Aki se sentou na cama, tentando processar o que havia acontecido.

Apesar de ter sido apenas um sonho, os sentimentos que ela experimentou pareciam mais reais do que nunca. Talvez fosse um sinal de que ela precisava encontrar coragem para falar com Haru na vida real.

Mas, ao invés de se sentir aliviada, Aki sentiu uma onda de frustração e raiva. Ela tinha finalmente encontrado a coragem para confessar seus sentimentos, apenas para descobrir que tudo não passava de uma ilusão. Ela apertou os punhos, sentindo a raiva borbulhar dentro de si.

– Por que isso tinha que ser um sonho? – murmurou ela, irritada. – Por que não posso simplesmente dizer a verdade a ele na vida real?

Aki se levantou da cama com um suspiro pesado, ainda sentindo a frustração. Ela sabia que precisava fazer algo a respeito, mas a ideia de enfrentar Haru e confessar seus sentimentos a deixava nervosa. No entanto, o sonho tinha deixado claro que ela não podia continuar guardando esses sentimentos para si mesma.

Determinada a não deixar o medo dominá-la, Aki decidiu que iria falar com Haru naquele dia. Ela se preparou rapidamente, tentando acalmar seus nervos enquanto se olhava no espelho.

– Hoje é o dia – disse a si mesma, tentando se encorajar. – Eu vou falar com ele. Não importa o que aconteça.

Com essa determinação renovada, Aki saiu de casa, pronta para enfrentar seus medos e finalmente revelar seus sentimentos a Haru.

Destino Entre LinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora