A Revelação

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A manhã seguinte chegou com um sol radiante que iluminava o quarto de Haru. Ele acordou com uma mistura de ansiedade e expectativa, a lembrança da conversa com Aki ainda ecoando em sua mente. O que poderia ser tão urgente? O coração dele disparou ao pensar nas possibilidades.

Enquanto se arrumava, Haru revisitou os momentos da noite dos fogos, as risadas compartilhadas e o beijo. O desejo de proteger Aki crescia a cada instante. Ele estava determinado a ser o apoio que ela precisava, não importava o que estivesse acontecendo.

Após um café da manhã apressado, Haru checou seu celular. Nenhuma nova mensagem de Aki, mas a expectativa o deixava inquieto. Ele decidiu sair mais cedo de casa, e o caminho até o café parecia mais longo do que nunca. O pensamento de ver Aki o animava, mas a incerteza do que ela tinha para compartilhar o deixava ansioso.

Ao chegar ao café, o aroma de café fresco e os sorrisos dos clientes começaram a acalmá-lo. Ele encontrou uma mesa ao fundo, onde poderia observar a entrada e se preparar para o que viesse. Enquanto esperava, sua mente vagava entre lembranças e preocupações, até que a porta se abriu e Aki entrou.

A luz da manhã envolvia Aki, iluminando seu rosto e fazendo seus olhos brilharem. Haru se levantou, um sorriso instantâneo surgindo em seus lábios. Ela parecia nervosa, mas ao mesmo tempo determinada. Haru fez um gesto para que ela se sentasse.

— Oi, Aki! — ele disse, tentando conter a ansiedade. — Fico feliz que você pôde vir.

— Oi, Haru! — Aki respondeu, sua voz um pouco hesitante. Ela se sentou e olhou para a mesa, respirando fundo. — Obrigada por me chamar.

A atmosfera estava carregada, e Haru percebeu que Aki também estava nervosa. Ele pegou a mão dela, tentando passar segurança. — Então, o que você queria me contar?

Aki mordeu o lábio, parecendo procurar as palavras certas. — É... bem, eu estive pensando muito sobre nós e algumas mudanças.

— Mudanças? — Haru perguntou, um frio na barriga. — Você pode me contar o que é? Estou aqui para ouvir.

Ela olhou pela janela, como se estivesse buscando a coragem nas nuvens. — Eu não sei por onde começar. Tem tanta coisa na minha cabeça... e tudo isso é um pouco confuso.

— Não precisa se apressar — Haru disse, segurando sua mão com firmeza. — Apenas me diga o que está te preocupando.

Aki olhou para ele, seus olhos brilhando com uma mistura de insegurança e determinação. — Eu sinto que precisamos conversar sobre o futuro. Não quero que nada estrague o que estamos construindo, sabe?

Haru assentiu, mas a ansiedade começou a crescer dentro dele. — Claro, eu também quero isso. Mas, o que exatamente está te deixando tão preocupada?

Ela respirou fundo, seu olhar distante. — É que... eu tenho algumas decisões a tomar, e isso pode afetar tudo. Mas antes de falar sobre isso, você não quer aproveitar o dia? Poderíamos fazer algo divertido.

Haru franziu a testa, confuso. — Divertido como?

Aki sorriu, a luz voltando ao seu olhar. — Que tal um passeio no parque? Podemos comer um sorvete e relaxar um pouco. Eu adoraria passar mais tempo com você antes de entrarmos em assuntos sérios.

— Ok, isso parece ótimo! — Haru respondeu, aliviado com a mudança de assunto. Eles saíram do café e, enquanto caminhavam, Aki começou a falar sobre coisas triviais, como suas séries favoritas e planos para o próximo festival.

O parque estava vibrante, repleto de crianças brincando e casais aproveitando o dia ensolarado. Haru e Aki se dirigiram até uma banca de sorvetes, onde Aki escolheu uma enorme bola de sorvete de morango.

Destino Entre LinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora