Um Dia de Garotas: Melodia e Confissões

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Aki estava sentada em seu quarto, cercada por folhas de papel amassadas e seu violão repousando ao lado da cama. Ela olhava para a janela, onde a luz do sol começava a desaparecer, tingindo o céu de laranja e rosa. A melodia que ela tanto buscava parecia estar fora de alcance, como uma estrela distante.

– Por que não consigo encontrar a nota certa? – murmurou, frustrada. Seus dedos tamborilavam na mesa, mas nenhuma inspiração surgia.

Foi então que a porta se abriu lentamente, revelando Hana com um sorriso gentil.

– Aki, você está bem?

Aki suspirou, balançando a cabeça.

– Estou presa. Não consigo fazer a música fluir.

Hana entrou no quarto e se sentou ao lado de Aki.

– Sabe, às vezes, quando estou bloqueada, sair um pouco me ajuda. Que tal darmos uma volta?

Aki hesitou, mas a expressão encorajadora de Hana a convenceu.

– Tudo bem, vamos.

As duas amigas caminharam até uma pequena cafeteria no centro da cidade. O aroma de café fresco e o som suave de música ambiente criavam uma atmosfera acolhedora. Elas se sentaram em uma mesa perto da janela, observando as pessoas passarem.

– Então, o que está te incomodando? – perguntou Hana, enquanto mexia seu cappuccino.

Aki suspirou novamente.

– É como se eu soubesse o que quero dizer, mas as palavras e as notas não se encaixam. É frustrante.

Hana sorriu compreensivamente.

– Às vezes, a inspiração vem dos lugares mais inesperados. Olhe ao redor. Cada pessoa aqui tem sua própria história, suas próprias lutas e alegrias. Talvez a inspiração esteja em algo simples, como um sorriso ou uma conversa.

Aki olhou ao redor, observando as expressões das pessoas, os pequenos gestos de carinho e as risadas compartilhadas. De repente, uma melodia suave começou a se formar em sua mente, como um sussurro distante.

– Você tem razão, Hana. Acho que precisava ver o mundo de uma perspectiva diferente.

Hana sorriu, satisfeita.

– Fico feliz em ajudar. Agora, vamos terminar nossos cafés e voltar ao trabalho. Tenho certeza de que você vai criar algo incrível.

Depois de terminarem seus cafés, Aki e Hana decidiram passear pelo parque próximo. As folhas caíam suavemente ao redor delas, criando um cenário tranquilo e inspirador.

– E então, Aki – começou Hana, com um sorriso curioso –, como estão as coisas com o Haru?

Aki corou ligeiramente, desviando o olhar para os pés.

– Ah, o Haru... Ele tem sido um bom amigo. Sempre me apoia, mesmo quando estou frustrada com a música.

Hana riu suavemente.

– Só um bom amigo? Tenho certeza de que ele se importa muito com você.

Aki deu de ombros, tentando esconder um sorriso.

– Talvez... Ele é realmente especial. Mas, às vezes, fico insegura sobre como ele realmente se sente.

Hana parou e segurou a mão de Aki, olhando-a nos olhos.

– Aki, você é incrível. Qualquer pessoa teria sorte de ter você na vida deles. E tenho certeza de que Haru vê isso também.

Aki sorriu, sentindo-se um pouco mais confiante.

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