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Após estacionar o carro em frente à garagem, Jimin subiu a escada da frente da sua residência sendo acompanhada por Minjeong. A porta se abriu, antes mesmo que tocasse a maçaneta.

Sunoo estava do outro lado.

– Minha senhora, não sabia que estava... – O assistente gelou quando viu Minjeong.

Sim, você sabe quem ela é, pensou Jimin. Mas vamos com calma. Do jeito que as coisas estavam, ela já estava bastante desconfiada.

– Sunoo, quero que conheça Kim Minjeong – o assistente continuou ali parado, olhando-a. – Vai nos deixar entrar?

Sunoo fez uma profunda reverência e inclinou a cabeça.

– É claro, minha senhora. Srta. Kim, é uma honra conhecê-la pessoalmente.

Minjeong pareceu desconcertada, mas deu um jeito de sorrir quando o assitente endireitou o corpo e afastou-se da passagem.

Quando ela estendeu a mão para cumprimentá-lo, Sunoo engoliu em seco e olhou para Jimin solicitando permissão.

– Vá em frente – murmurou Jimin, enquanto fechava a porta da frente.

Sunoo tomou-lhe a mão entre as suas, reverentemente, e baixou a testa até tocá-las.

Minjeong, é lógico, estava perdida. Mas não tinha como saber que, ao lhe oferecer a mão, tinha-lhe concedido a mais elevada honra de sua espécie. Como filha de um membro da Irmandade, pertencia à mais alta aristocracia em seu mundo.

Sunoo ficaria radiante por dias.

– Estaremos em meu quarto – disse Jimin quando o contato se desfez.

O assitente assentiu.

Enquanto a lupina conduzia Minjeong pelo vestíbulo, encontrou-se de repente acariciando-lhe o ombro, as costas. Talvez ela estivesse surpresa demais com tudo aquilo, porque não fez menção de se afastar.

Muito confortável. Muito íntimo, pensou ela. Bom demais para ser verdade. Em todo caso, manteve-a junto de si.

E mesmo enquanto o fazia, desejou poder retirar o que lhe havia dito no carro.

Sobre Minjeong ser dela.

Porque não era verdade. Não queria tomá-la como sua companheira. Enchera-se de ciúmes, imaginando as mãos do policial sobre ela. Que droga não ter acabado com aquele humano. Aquelas palavras saíram-lhe sem querer.

Ah, droga. Aquela meio-sangue fizera alguma coisa com o seu cérebro. De algum modo, havia conseguido fazer com que perdesse seu sólido autocontrole e entrasse em contato com o ser possessivo que havia nela.

Um contato que queria evitar.

Afinal de contas, ataques de insanidade eram a especialidade de Jungkook. E os membros da Irmandade não precisavam de mais uma louca com pavio curto no grupo.

Minjeong olhava atentamente para tudo naquela residência. O lugar parecia um museu. Cortinas pesadas e claras emolduravam as amplas janelas, finas pinturas a óleo reluziam nas paredes, obras de arte estavam dispostas com requintado gosto. Baixou a vista para o tapete. Devia custar mais do que seu apartamento.

Takvez Jimin pertencesse a uma importante organização criminosa, pensou ela. Podiam estar também no mercado negro de antiguidades.
Seria uma combinação surpreendente, daquelas que não se ouve falar todos os dias.

– É bonito – murmurou, tocando com o dedo uma caixa antiga. – Muito bonito.

Ao não obter resposta, olhou para Jimin. Estava parada na sala com os braços cruzados sobre o peito, alerta, apesar de se encontrar em sua própria casa.

Moonless Night - WinRinaOnde histórias criam vida. Descubra agora