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O braço de Jimin absorveu o tiro da espingarda de caça, e o impacto torceu seu tórax como uma corda. Com a força do disparo, ela caiu girando no chão, mas não ficou lá. Movendo-se agachada e rapidamente, conseguiu sair do caminho, sem dar ao atirador a oportunidade de acertá-la de novo.

O segundo esquadrão de Inquisidores havia surgido do nada e estava usando munição pesada na espingarda de cano serrado.

Atrás de um pinheiro, Jimin examinou rapidamente a ferida. Era pouco profunda. Havia afetado uma parte do músculo do braço e havia estilhaços de prata, mas o osso estava intacto. Ainda podia lutar.

Sacou uma adaga e saiu para o descampado.

E foi então que outro tiro foi disparado em sua direção. Saltou de novo para as sombras.

– Agacha, Jimin! – gritou Aeri de algum ponto de trás de um pinheiro. – O atirador está no pinheiro atrás daquela clareira – acrescentou, sem muita necessidade.

A lupina colocou a mão no braço ferido. Ela já tinha aquela informação específica.

– Fique parada! – gritou Aeri de novo. – Ele tem você na mira.

– Eu sei! – gritou de volta e ergueu a cabeça para tentar localizá-lo com precisão.

Outra bala acertou com força o pinheiro e Jimin precisou desviar de novo. Aeri jogou uma adaga na direção do atirador, mas ele estava numa posição protegida atrás de um pinheiro velho.

Sempre ouça o seu instinto. Não pense a respeito, apenas faça o que tem que fazer.

Uma rápida sucessão de tiros ressoou quando ela saiu de trás do pinheiro e avançou em direção aonde sua parceira estava. Jimin ficou feliz, pois quem quer que estivesse mirando nela não tinha um fuzil de precisão.

– O que diabos você está fazendo, Jimin!? – berrou Aeri.

– O que nasci para fazer – respondeu a lupina, sorrindo friamente. – E vou precisar do seu sobretudo quando terminar.

– Merda!

Havia chegado a hora. A linhagem lupina estava vindo à tona em Jimin. E a coisa ia seguir por um rumo perigoso e letal.

Sem tempo para pensar, ela levou a mão à venda em seu rosto e avançou até a clareira, ignorando os tiros que eram disparados em sua direção.

Contando na cabeça os segundos que o atirador levaria para recarregar, ela recitou as palavras no antigo idioma. Seus olhos brilharam com intensidade à medida que seu corpo se transformava. Algo de uma beleza sobrenatural a substituiu; um lobo negro como a noite, seu pelo reluzindo à luz da lua enquanto suas garras rasgavam o ar. Os Inquisidores nem souberam o que os atingiu quando aquela criatura de grande porte os atacou com as presas nuas, perseguindo-os até que o sangue deles se espalhou pelo chão.

Aeri ficou atrás. Já tinha visto a tranformação de Jimin antes, e aquele lobo duas vezes maior que um humano normal não precisava de ajuda.

Assim que Jimin parou para reconhecer a área os Inquisidores que ainda conseguiam ficar de pé a cercaram.

Um deles apontou uma magnum na sua direção. Ele esperou até que ela estivesse na mira do tiro perfeito, não querendo desperdiçar uma das suas preciosas balas de prata. Mas aquela lupina não era uma simples civil. Ela avançou para enfrentar seus inimigos antes que uma única bala fosse disparada, suas presas e garras ocupando-se de finalizar qualquer um que atravessasse seu caminho.

Seus olhos pareciam ter uma luz própria, o azul cristalino e o dourado brilhando na escuridão. Seu corpo era como um borrão negro enquanto ela corria de Inquisidor a Inquisidor, rasgando-lhe as gargantas, afastando-se e movendo-se para a próxima vítima. Não existia escapatória além do fim.

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Moonless Night - WinRinaOnde histórias criam vida. Descubra agora