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Jimin cruzou os braços e se apoiou contra a parede da sala de estar. Os membros da Irmandade se agruparam em volta dela, esperando que falasse.

Wooyoung estava lá, muito embora desde que atravessara a soleira com Yujin, houvesse evitado olhar para a cara de Jimin.

Bem, pensou ela, faremos isso em público.

– Bom, temos dois assuntos a discutir essa noite – encarou Wooyoung. – Fiz com que um de vocês se sentisse ofendido. De acordo com isso, ofereço a Wooyoung um duelo.

O lupino sobressaltou-se e prestou atenção. Os demais membros da Irmandade estavam igualmente surpresos.

Tratava-se de um caminho sem volta, e ele sabia disso. Essa espécie de duelo permitia que a pessoa a quem era oferecido escolhesse a arma: punhos, adaga, pistola, correntes. Era uma forma ritual de lavar a honra, tanto para o ofendido como para o ofensor. Ambos podiam ser purificados.

A comoção no aposento não tinha sido provocada pelo ato em si. Os membros da Irmandade estavam bastante familiarizados com o ritual. Mas Jimin, apesar de todos os seus pecados, nunca havia oferecido um duelo. Porque de acordo com a lei dos lupinos, qualquer um que levantasse um braço ou uma arma contra ela podia ser condenado à morte.

– Diante dessas testemunhas, quero que me escute – disse em voz alta e clara – Absolvo-o das consequências. Aceita?

Wooyoung respirou fundo. Levou as mãos aos bolsos de suas calças e balançou lentamente a cabeça.

– Não posso atacá-la, minha lider.

– E não pode me perdoar, não é assim?

– Não sei.

– Não posso culpá-lo por isso – mas desejou que Wooyoung tivesse aceitado. – Oferecerei de novo em outra ocasião.

– E irei sempre declinar.

– Assim seja – Jimin lançou a Jungkook um olhar frio como aço. – Agora, a respeito de sua maldita vida amorosa...

Jungkook, que tinha permanecido atrás de Yujin, deu um passo à frente.

– Se alguém dormiu com a filha de Baekhyun, foi você, não eu. Qual é o problema agora?

Alguns dos lupinos praguejaram entre dentes. Jimin fechou as mãos em punhos.

– Vou deixar passar essa, Jungkook. Mas só porque sei o quanto aprecia levar umas porradas, e não estou de bom humor para fazê-lo feliz – equilibrou-se, no caso do lupino avançar para ela. – Quero que se mantenha longe da minha residência durante minha ausência. Ou, vou garantir pessoalmente que consiga fazer isso.

– Do que está falando?

– Não precisamos que você traga para dentro da Irmandade seu estilo de vida questionável.

Jungkook se virou para olhar para Aeri, que disse:

– Sabemos o que teria feito caso não tivessemos chegado.

Jimin balançou a cabeça.

– Caramba, Jungkook. Você quer mesmo acabar com o legado da sua família?

O lupino avançou, aproximando-se tanto que seus rostos quase se tocaram.

– Não teria feito nada se soubesse que ela filha de Baekhyun. Fareje-me. Estou dizendo a verdade.

Jimin respirou profundamente. Captou o cheiro de indignação, um cheiro ácido, como se alguém houvesse espalhado um spray desodorizador de limão. Mas não havia ansiedade, nenhum subterfúgio emocional.

Moonless Night - WinRinaOnde histórias criam vida. Descubra agora