Sempre será você...

21

    Jeff

  Consegui trocar o meu plantão e voltar pra casa mais cedo pra ficar com o Non, sinto que ele tá conseguindo abrir espaço pra mim no coração dele e eu não vou deixar essa chance passar.

   Aproveitei que ele ainda não tinha chegado em casa, pra poder preparar um jantar pra ele, Dr.Ken me contou dá confusão na casa da Tee e me informou do pedido do Non sobre a medida restritiva contra o Jin, provavelmente ele deve tá exausto, toda essa situação é muito dolorosa pra ele.

  Ouça o barulho da chave na porta e vejo ele passando por ela. Seu rosto está mais relaxado do que eu pensei que estaria.

- Oi meu anjo, bem vindo de volta! - ele me direciona um sorriso carinhoso, que logo aquece o meu coração.

- Oi Jeff, que cheirinho bom é esse?

- Tô preparando um jantarzinho pra gente. Vai tomar um banho pra relaxar, daqui a pouco tá pronto. - ele acenou com a cabeça em concordância e subiu pro seu quarto.

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- Jeff, tá uma delícia! Sério, eu realmente amo a sua comida.

- Para de me iludir... Mentira, não para não que eu adoro. - caímos na risada.

- Bobo, tudo que você faz pra mim é incrível e eu nunca vou poder agradecer o suficiente por tudo que você tem feito por mim.

- Te ter ao meu lado, ver esse seu sorriso lindo, já é o suficiente pra mim. - deslizo a mão pelo seu rosto, me aproximando um pouco mais, mas ele desviou do beijo.

- É... Jeff, eu preciso conversar com você. Eu e o Phee conversamos hoje...

- O que vocês conversaram? - meu coração se aperta por antecipação.

- A gente se beijou. - consigo ouvir o meu coração se estilhaçar por dentro. - A gente colocou todas as cartas na mesa, falamos sobre tudo que nos afeta.

- Eu vou me ferrar né? - eu sabia que isso ia acontecer.

- Não, eu não quero te machucar Jeff, você é a única família que eu tenho.

- Mas eu não sou o homem que você ama. - a dor que eu sinto nesse momento é algo indescritível.

- Me perdoa, eu não queria brincar com os seus sentimentos, eu não queria...

-Ei, eu não tenho que te perdoar, você nunca mentiu pra mim, muito menos brincou com os meus sentimentos. Você sempre deixou claro os seus sentimentos em relação a mim e em relação a ele. Por mais que eu queira todo o seu amor pra mim, eu tenho que aceitar que o seu coração não pertence a mim. - ele pula em meus braços e isso só torna as coisas mais difíceis pra mim.

- Obrigado Jeff, você realmente é a pessoa mais maravilhosa que existe. - lágrimas escorrem pelo meu rosto, mas eu logo às limpo.

- Não Non, essa pessoa é você, esse Phee tem muita sorte por ter você, espero que ele tenha aprendido a dar valor. Eu espero que você me entenda, mas eu vou voltar pro hospital. Pra mim tá difícil ficar aqui agora, eu preciso de um tempinho, certo?

- Claro Jeff, eu te entendo.

- Obrigado, dorme bem. Se precisar de alguma coisa, me liga. - peguei as minhas coisas e sai porta a fora. No carro deixo toda emoção tomar conta. Eu choro, choro com todo o meu coração, eu nem posso chorar por perdê-lo, pois não se perde algo que nunca se teve de verdade, mas choro por não ter tido nem a chance de ó chamar de meu, porque dele eu sempre fui.

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   Assim que estaciono no prédio do hospital, vejo uma movimentação grande na porta, assim que eu chego perto, a enfermeira vem me encontrar.

- O que tá acontecendo?

- Dr., parece que o filho do melhor amigo do seu pai sofreu um acidente de moto.

- E onde está o meu pai?

- Está na sala de espera com o Sr. Cole.

- Obrigado, eu vou até lá.

  Vou até a sala de espera, o tio Cole e o meu pai são amigos de infância e eu conheço o Josh desde que éramos crianças. Ele estava nos estados Unidos, não sabia que ele tinha voltado, já se passaram dez anos desde que ele havia se confessado pra mim, mas eu ó rejeitei por não sentir o mesmo, ele estava tão triste que pediu para o pai ó colocar em uma faculdade fora da Tailândia e perdemos o contato.

- Filho!

- Pai, tio Cole. Alguma notícia?

- O Dr.Build ainda não saiu de lá de dentro.

- Eu vou procurar me inteirar do caso e volto pra falar com vocês.

- Obrigado Jeff, por favor, salve o meu menino.

- Faremos de tudo para que ele volte pro Senhor, são e salvo.

Fui pra sala de descontaminação, e coloquei as roupas necessárias para entrar na sala de cirurgia.

- Dr. Jeff, o que faz aqui?

- Ele é um amigo de infância, gostaria de saber qual é o estado dele.

- O estado dele é crítico, ele tem costelas quebradas, um deslocamento na clavícula, mas o que tá me preocupando é a fratura no coluna cervical.

  Foram horas árduas de cirurgia, mas conseguimos reverter a situação dele, deixando o seu quadro estável e fora de riscos.

  Assim que dei a notícia para o meu pai e o tio Cole, fui até o meu consultório. A adrenalina na sala de cirurgia era tanta, que por um momento eu me esqueci que o meu coração também precisava de remendos.

  Pego uma foto dele que eu tenho na carteira, É louco, como uma pessoa pode amar tanto uma outra pessoa, a ponto de doer só de pensar em não poder ficar junto dela.

  Se ele estiver feliz, pra mim já é o suficiente, mas eu não vou ser hipócrita e dizer que eu não invejo o Phee por ter o homem que eu amo, mas eu espero que ele faça o Non feliz, por que ele merece.

- Non, eu te amo tanto.