Non
Saio do escritórios do Dr. Ken, ele me explicou a atual situação do Tee, depois que ele assassinou o namorado ele desenvolveu um tipo de doença mental, ele fica em uma linha entre o real e a ilusão, a culpa está ó matando, procurei saber mais desse tal White, ele parecia ser uma boa pessoa, não merecia o fim que teve.
- Droga! Non, eu recebi uma mensagem do hospital, vou ter que ir, é urgente. - Jeff diz segurando a minha mão. Ele está sendo muito mais do que eu poderia pedir, acho que se eu trabalhar um pouco mais dentro de mim, consigo abrir uma porta no meu coração para que ele entre.
- Tá tranquilo, eu pego um táxi. Qualquer coisa me liga. - ele me deu um beijo na testa e saiu.
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Pego um táxi como eu havia dito ao Jeff e vou até a casa dos meus pais mais uma vez.
- Non! - me viro para olhar quem havia me chamado, e mais uma vez, lá está ele.
- Vem cá, você tá dando pra me seguir agora?
- Se for a única maneira que eu tenho pra você me ouvir, então é o que me resta.
- Phee, a gente não tem mais nada pra conversar. Você terminou comigo há anos atrás, está namorando com outra pessoa, se é que dá pra chamar aquilo de pessoa depois do que ele fez comigo, agora você quer o que? Infelizmente você não vai ser indiciado por assassinato, porque você já alegou legítima defesa, então que caralhos você quer comigo?
- Olha, você tem suas razões pra não querer me ver, mas eu preciso falar com você. Eu ter me envolvido com o Jin não foi assim do jeito que você tá pensando. Quando eu fiquei com ele na primeira vez, era somente pra me vingar por você, mas depois de tudo que a gente passou juntos, eu acabei...
- Se apaixonando? Troca esse disco, porque já tá ficando arranhado. Você quer o que de mim? Que eu abençoe o relacionamento de vocês? Pois bem, eu espero que vocês se fodam. Que entre um dentro do outro e vão pra casa do caralho, agora dá pra me deixar em paz? - ele começou a rir, eu realmente devo estar passando por mais algum tipo de aprovação. - Que é agora?
- Você era mais doce quando estávamos juntos, agora tá com uma boquinha suja hein.
- Você só pode tá me zuando. Ah, vai a merda Phee. - virei as costas e ele agarrou o meu braço.
- Eu juro Non, juro que eu tentei te deixar em paz e não vir mais atrás de você, mas eu não sei o que acontece comigo, quando eu dou por mim, eu já estou aqui de novo.
- Se eu fosse você, procuraria logo um terapeuta. Vai ficar que nem o seu amiguinho que tá doidão.
- Eu realmente devo ser louco, você mete um par de chifre na minha cabeça e eu tô aqui atrás de você.
- Me larga então, volta lá pro seu santinho, vai viver o seu conto de fadas e deixa o pecador aqui em paz.
- Era o que eu devia fazer. - ele me puxa para os seus braços. - Mas eu não consigo. - ele me beija, um beijo carregado de saudades, de emoções confusas, mas sim, ainda tinha amor.
A minha reação foi contrária a tudo que eu disse, eu segurei o seu rosto o mais perto possível, o calor que emanava dos nossos corpos aqueciam o meu coração, mas com certa dificuldade a minha ficha foi caindo e eu consegui resgatar um pouco de lucidez. Me desvinculei dos seus braços e me afastei do seu corpo.
- Isso aqui tá errado, nunca mais faça isso, ouviu bem? Me esquece Phee. - peguei o primeiro táxi que apareceu na minha frente, sem deixar que ele falasse nada, deixando ele para trás, meu coração estava acelerado, minha mão trêmula tocava o meu lábio vermelho e inchado do seu beijo, por mais que eu tente negar, o meu coração ainda bate forte por ele.
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Sem saber ao certo pra onde eu estava indo, chego ao cemitério em que a minha família está.
- P'New, eu não devia tê-lo deixado se aproximar assim de mim, não depois de tudo que aconteceu, não depois dele ter te traído pra salvar aqueles filhos da puta. - as lágrimas escorrem pelo meu rosto desenfreadamente, eu me senti culpado, depois de tudo que o meu irmão fez por mim, permitir que o Phee chegue tão perto assim de novo é uma traição. - Ele é igual aos outros, o castigo dele é ficar sozinho, sem o Jin e sem a mim.
Depois de recuperar as minhas forças, me levanto e saiu desse lugar melancólico, não posso me deixar fraquejar agora que eu comecei com a minha vingança.
O Jin vai responder pelo crime de ter me exposto, danos morais e emocionais, fora que tem o cúmplice de bullying, não vai ficar muito tempo preso, mas a mancha em seu histórico será sua ruína, fora que o pai do Jeff irá fechar todas as portas das faculdades renomadas que ele tentou entrar e dessa que ele está, no mercado de trabalho também será exilado, o máximo que vai conseguir ser é caixa de conveniência de posto de gasolina. Ele ficará na lama pelo que ele fez.
O Tee, será julgado por Bullying, formação de esquema de pirâmides onde ele me fez ser o laranja, formação de quadrilha juntamente com o seu tio, sequestro, cúmplice do assassinato do senhor Keng, minha tentativa de homicídio, danos físicos e psicológicos, lesão corporal e além do homicídio do namorado. Esse aí não vai ver a luz do dia tão cedo.
O Phee, esse infelizmente não vai pagar pelo assassinato do meu irmão, pois foi alegado legítima defesa, mas ficará desnorteado quando o amado dele for preso pelos crimes que cometeu, irá sofrer sozinho, da mesma forma em que ele me deixou.
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Chego ao apartamento em que estou morando com o Jeff, vou direto para o meu quarto tomar um banho, preciso tirar esse dia de mim.
Meu telefone toca e ao ver quem é, vejo que é o Dr. Ken, que está cuidando do meu caso.
Ligação On
- Olá Dr.Ken, algum problema?
- Senhor Non, o senhor Tee está lúcido, e quer vê-lo. Eu aconselho o senhor manter distância antes do julgamento.
- Eu quero vê-lo.
- Mas senhor...
- Eu vou encontrá-lo, daqui a pouco eu estou aí.
Ligação Off
Preciso olhar bem na cara daquele imbecil e mostrar que eu tô vivo, e que ele vai mofar na cadeia pelo resto da sua miserável vida.
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Sempre será você...
Hayran Kurgu"Se eu soubesse que depois que eu te pedi pra sumir, você sumiria, eu jamais iria te pedir isso. Se eu soubesse que depois de ter falado pra você morrer, você morreria, eu teria morrido antes." Mesmo com Jin ao seu lado, Phee jamais deixou de pe...