Henrique conhece Bruna em uma batida de trânsito, eles logo não se dão bem. Em uma festa se trombam novamente e Henrique acaba agarrando a mesma, deixando-a mais frustada.
Em uma conversa inusita entre seus pais, eles são forçados a se casarem e lev...
Final de semana havia chegado e com ele, show de Henrique em Palmas. Óbvio que a familia iria em peso e eu também teria que dar o ar da graça no evento. Um ponto positivo de ir a este lugar: eu curtia o show, se tivesse outras apresentações eu tambem curtia no palco e bebia muito, dava um pouco de trabalho para Henrique, claro. O mesmo sempre se irritava dizendo que eu "gostava de me aparecer" quando na verdade era o momento certo para eu me esconder. Esconder dessa vida de mentira que eu vivia, de toda essa angustia que me cercava, me escondia de tudo isso e vivia outra versão minha pouco ativa, já que eu me enfiava no trabalho para me afastar de casa. Se é que poderia chamar aquilo de casa.
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Coloquei uma roupa a altura do evento, não me importava se minhas pernas estavam de fora e meus seios amostra, eu no final das contas ficava sozinha mesmo, sem olhares de ninguém por ser a mulher de Henrique.
— Anda logo, Bruna! -escutei sua voz gritando por mim. — Estou indo, que coisa! — Você sabe que tem que ir comigo. -ele tornou a gritar. Revirei os olhos e comecei a descer as escadas, indo de encontro com o mesmo com a cara emburrada na ponta.- Isso é roupa, Bruna? -me encarou e eu parei no degrau, olhando para meu corpo. — O que? — Uma mini saia e um decote desses. — E? -dei de ombros, arqueando a sobrancelha. — Nada. -ele bufou, revirando os olhos.- Anda, vamos. — Não sei pra quê eu tenho que ir com você, você é um porre! -reclamei, descendo o resto das escadas, batendo pé. — Você é minha esposa, caso não se lembre. — Falando nisso... -comecei a conversa que eu mais queria durante esse tempo, enquanto seguiamos para fora de casa.- O combinado era um ano, já se fazem três anos, eu acho que já perdi tempo suficiente ao seu lado e que agora posso seguir minha vida. -ele deu uma breve parada para me olhar, mas logo continuou o caminho passando pela porta em direção ao carro que estava estacionado na frente de casa. — O que você quer dizer com isto? -alcancei a maçaneta, entrando no carro junto com o mesmo. — Que eu já posso tocar a empresa sendo uma mulher solteira e responsável. -dei de ombros, afivelando o cinto.- Três anos ja foram o suficiente para limpar a sua imagem e adquirir experiência na minha. -ele me observava, atento. — Você quer se separar, é isso? — Sim, quero o divorcio. -ele ligou o carro e seguiu o caminho. Ele ficou em silêncio e me senti perdida, sem entender o que de fato Henrique estava pensando.
Todo o caminho até o show fora assim, exatos 22 minutos encarando a frente, sem escutar uma palavra do mesmo. Não sei se ele se assustou, mas algo de fato mexeu com o mesmo, o deixando um pouco tenso. Observei o quanto Henrique passava a mão sobre o rosto, as vezes apertava o volante, ele se sentiu afetado pelo meu pedido. Chegamos ao local do show e ele parou proximo ao camarim, onde já tinha uns seguranças esperando por nós e algumas câmeras e flashs começando a serem disparados em nossa direção.
— Vou pedir meu advogado para entrar com a papelada. -disse firme.- Mas por hoje você ainda é minha esposa. — Eu sei. -sussurrei assim que ele desceu do carro.