~ Henrique.
Sai do banheiro enrolando a toalha na cintura, quando cheguei no quarto me deparei com Bruna que rapidamente se assustou, me olhando com os olhos arregalados.
— Bruna? -também me assustei, sem entender o que ela tava fazendo ali.
A mesma olhou para o celular em mãos e o jogou contra a cama, saindo em seguida. Merda, o celular era meu. O peguei rapidamente e desbloqueei, caindo nas chamadas e a ultima ligação foi de Larissa, 5 segundos que bastou pra tudo isso acontecer.
— MERDA! -gritei.- BRUNA? VOLTA AQUI! -tentei gritar torcendo pra ela ter me escutado.
Coloquei uma roupa rapidamente e meu celular tocou novamente, era Larissa de novo. Atendi já nervoso.
— O que foi?
— Ê, calma! -ela respondeu.- Porque desligou na minha cara?
— Quem atendeu não foi eu.
— Ta com alguém?
— Não, Bruna chegou em casa e pegou meu celular.
— O que? Porque?
— Não sei Larissa, eu ja tinha dito pra você me deixar em paz.
— Ela sabe de nós?
— Provável, ela saiu daqui nervosa.
— Merda! -ela sussurrou.
— Deixa eu tentar resolver essa merda mesmo. Tchau. -finalizei a chamada, irritado.Peguei as chaves do carro e fui tentar procura-la, ela não deve ter ido longe. Porque Bruna estava ali? No meu quarto, naquela hora? Porque ela atendeu meu celular? Será que o nome na tela a chamou atenção? Quantas perguntas sem resposta e eu nem fazia ideia como iria encontrá-la, eu só ia rodar toda essa cidade atrás dela, mas a acharia.
~ Bruna.
Parei em frente ao enorme prédio totalmente iluminado, me questionando se isso valeria mesmo a pena. E se de tudo ela não estivesse ali? Se fosse outra pessoa? Talvez nem fosse Larissa na ligação, eu posso ter me confudido. Minha cabeça doía muito, tanto pensamento me cercava, tanta mágoa. Eu só queria apenas a assinatura do Henrique naquela maldita folha, o que custava a ele? Porque bagunçar tanto assim minha vida?
Desci do carro totalmente decidida a enfrentar aquilo de frente, seja la o que me esperava. Eu precisava colocar um fim em tudo isso. Henrique já havia me provado diversas vezes não ser digno do que eu sentia, agora bem mais estava claro. Ele nunca se quer gostou de mim. Cheguei na entrada e parei proxima a janela da portaria, logo a mesma se abriu.
— Boa noite Srta., posso ajudá-la?
— Preciso ir no apartamento 1805.
— Quem vai te receber? -ele perguntou, pegando o telefone em mão.
— Eu sou a proprietária.
— Desculpe, nunca vi a senhora por aqui.
— Eu nunca vim, só meu marido, meu ex marido. -funguei.
— Mas já tem uma pessoa morando por lá, ta certo mesmo o numero?
— Ta sim, é do Henrique Tavares. -eu já estava me irritando, vi o semblante dele mudar ao ouvir o nome de Henrique.
— Me desculpe, não posso abrir.
— O apartamento é meu também, abre ou já chamo a policia. -o ameacei.- Nunca vi proibir proprietários de entrarem em sua residência.
— Tudo bem. -ele suspirou, não convencido, mas abriu o portão.
— Obrigada. Você não terá problemas com isto. -garanti, entrando.Além de tudo, era a cobertura que essa vagabunda estava morando. O melhor apartamento, o melhor lugar, a melhor localização, tudo bem do melhor pra ela. Apertei o botão do elevador insistentemente, como se isto fosse fazê-lo chegar rápido. Eu estava muito nervosa, sentia minhas mãos tremendo e suando, meus olhos queimando por lágrimas que insistiam em descer, sem dar uma trégua.

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Amor oculto
Fiksi PenggemarHenrique conhece Bruna em uma batida de trânsito, eles logo não se dão bem. Em uma festa se trombam novamente e Henrique acaba agarrando a mesma, deixando-a mais frustada. Em uma conversa inusita entre seus pais, eles são forçados a se casarem e lev...