A gente fez amor

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~ Henrique.

Foi como tocar o céu quando sua boca tocou a minha, suas mãos urgentes contra minhas costas, eu delicadamente segurando seu rosto, dançando a favor das nossas línguas. Que delicia era experimentar Bruna depois de tantos anos, era a mesma Bruna daquela noite de núpcias.

Eu queria aquela mulher tanto quanto antes, eu sempre soube que gostava dela, o sentimento so estava guardado. E a sensação de perdê-la, de ver ela em outros braços, te assinar aquele papel que decretava o nosso fim, virou essa chave na minha mente de que eu sempre fiz tudo errado. Enquanto ela sempre estave trabalhando ou em casa, eu nunca estive com ela pra mostrar o que de fato eu sentia. Sempre nas farras, escolhendo qual mulher iria preencher meu vazio a cada dia. Sem saber que a unica que me faria completo estava bem a minha frente, ali, simples, ruiva, do olho claro, pequena, incrível e simplesmente era a minha esposa, a quem nunca dei seu devido valor.

Aprofundei o beijo, deixando mais claro que eu a queria, ainda mais sentindo seu corpo semi-nu preso ao meu daquela maneira.

— Bruna... -me afastei, não queria forçar as coisas.- Eu quero ir devagar, então prefiro parar por aqui. Não quero ver você fugir dizendo que não queria.
— Eu quero, Henrique. -seus olhos eram escuros, urgentes.- Quero você.
— Bruna... -meu coração estava acelerado, doido pra pertencer aquela mulher.

Ela voltou a me beijar, declarando sua urgência. Talvez assim como eu ela sentiu falta do nosso primeiro e unico contato. Talvez ela guardou esse desejo durante tempos e agora, resolveu colocar pra fora sem medo de ser julgada. Puxei seu corpo para perto do meu, abraçando a mesma, tocando suas costas nua. Que delicia aquela pele macia, como era bom estar ali. Eu ja sentia meu corpo reagiar a ela, era explícito meu desejo, ela sabia disso.

— Você é linda! -sussurrei para ela, na deixa do nosso beijo para pegarmos um ar. Ela sorriu, envergonhada.- Eu te juro que vou fazer isso valer a pena.
— Shh... -ela pediu.

A puxei até a cama, sentando na mesma e fazendo Bruna cair em meu colo. Ela riu por um instante, toquei seu rosto e voltei a beijar sua doce boca, um pouco mais urgente por ela. Deitei lentamente e a mesma em cima de mim, se ajeitando com as pernas em cada lado do meu corpo, se envolvendo em mim. Apalpei sua bunda, ela soltou um leve gemido. Senti meu pau endurecendo, é, aquela mulher me enlouquecia.

A virei contra a cama, para poder desfrutar de cada pedacinho do seu corpo. Eu queria chupá-la, cada centímetro, aproveitar tudo que podia. Bruna ali, tão entregue em minha frente, esquecendo de tudo e topando essa loucura, certamente poderia durar pouco. Então o máximo que eu pudesse, eu aproveitaria daquela noite com medo de acabar.

[...]

Passei a mão pela cama, procurando por Bruna. Abri os olhos quando não encontrei. Me sentei na cama, na tentativa de escutar se a mesma estava no banheiro, mas não tinha nem um rastro, nem suas roupas.

Relances da noite anterior ainda passavam pela minha cabeça, me arrancando um sorriso. Ver Bruna totalmente entregue em minhas mãos me fez acreditar em uma possivel volta. Cada gemido saido da sua boca me fazia sentir arrepios novamente, nosso banho juntos, com carinho e malicia. E a cena mais importante, ela dormindo em meus braços pela noite toda. Eu acho que realmente estava me apaixonando novamente, amando aquilo e a Bruna. Eu usaria toda minha força pra estar com ela novamente, não importa o que aconteça.

Me vesti e fui em direção a varanda, onde tinha uma mesa de café posta e algumas pessoas ja envolta da mesma. Juliano ao me ver caminhou em minha direção, querendo saber de tudo, seu sorriso era faceiro.

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