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NICHOLAS'S point of view Los Angeles, Califórnia📍
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A SALA do tribunal estava carregada de tensão, e o peso da situação me esmagava. Cada palavra dita pelo advogado de acusação era como uma estocada em meu peito. O dia do julgamento havia chegado, e eu estava cercado por rostos conhecidos, mas, ao mesmo tempo, me sentia mais sozinho do que nunca.
Eu estava nos últimos dias em um reformatório, pelo pedido da minha mãe, felizmente, ela está se divorciando do meu pai, que conseguiu forjar tão bem minha acusação que nem obteve uma investigação, por enquanto, pelo menos.
A atmosfera estava carregada, e o ar parecia denso enquanto o juiz chamava o próximo depoente. Naquele momento, olhei ao redor, procurando um ponto de ancoragem em meio à tempestade de emoções. E então, algo capturou minha atenção.
Nos fundos da sala, entre a multidão, eu a vi. Sabrina. Seu rosto estava iluminado por uma expressão de preocupação, mas havia uma força em seus olhos que me fez sentir um leve impulso de esperança. Naquele instante, meu coração disparou.
Com um impulso, virei-me para olhar diretamente para ela. Nossos olhares se cruzaram, e o mundo ao nosso redor parecia desaparecer. Em um momento de coragem e vulnerabilidade, levantei ligeiramente os lábios em um gesto silencioso, formando as palavras que eu não poderia pronunciar em voz alta: "Eu te amo."
Ela hesitou por um instante, e eu vi uma onda de emoções passar por seu rosto. Depois, em resposta ao meu gesto, ela também moveu os lábios, formando as palavras de volta para mim: "Eu também te amo."
O calor desse momento me envolveu, uma conexão profunda que transcendia as circunstâncias sombrias em que nos encontrávamos. A expressão de Sabrina misturava amor e dor, e aquele gesto silencioso se tornou um farol de esperança em meio à escuridão que nos cercava.
Foi a primeira vez que a disse que a amava, os dias do reformatório estavam me matando, era horrível, queria minha vida de volta e esse momento foi minha claridade.
O juiz logo chamou a audiência de volta, e eu me preparei para o que viria a seguir. Sabia que o caminho à frente seria difícil, mas o amor que sentia por Sabrina era a única coisa que me dava forças para continuar. Eu estava determinado a provar minha inocência, não só por mim, mas por ela.
Depois que os olhares silenciosos de Sabrina e eu se entrelaçaram, o juiz chamou o próximo depoente. Cooper se levantou e caminhou em direção ao microfone. Eu o observava, segurando a respiração, ansioso para ouvir o que ele tinha a dizer.
