Elizabeth
Apesar de Edgar quase me prender em casa ele não pode me impedir de vim com ele até o hospital.
Algo dentro de mim gritou quando vi o bebê que estava dentro da incubadora rodeado por fios,e não consegui tirar meus olhos daquela cena.
Não sou uma pessoa religiosa mas me peguei pedindo a Deus pela vida daquela criança.
- Não sabemos se ele irá resistir, os exames indicam que ele iria para a vigésima quarta semana. É um milagre ele ter sobrevivido a aquelas condições.
O bebê foi encontrado em um hospital abandonado o local estava sendo usado como ponto de prostituição e uma garota de programa encontrou o neném dentro da incubadora, os médicos disseram que ele tem cinco dias de nascido e que quem fez o parto não tentou um aborto é como se a pessoa responsável soubesse exatamente o que estava fazendo.
- O senhor pode solicitar o exame de DNA, são poucas as chances de sobrevivência mas…
- Ele precisa sobreviver. - interrompi a médica. - Exame de DNA é o de menos nesse momento ele só precisa de cuidados.
Não consegui conter as lágrimas, como alguém poderia ser tão cruel com alguém tão indefeso? Ele foi tirado de uma maneira horrível antes do tempo e mesmo assim tem lutado pela vida.
Olhei para Edgar suplicante e ele entendeu.
- Não é necessário DNA apenas cuide para que ele fique bem.
Segurei a mão de Edgar e percebi que eu estava tremendo com toda essa situação.
A médica nós explicou todo o quadro do bebê.
- Ao que parece o responsável é um médico com bastante experiência nesses casos e…
- Edgar!
A mãe de Lidiya correu em nossa direção e vi lágrimas incessantes em seu rosto.
- Oh meu Deus! - ela se curvou chorando quando viu o bebê na incubadora - Oh meu Deus! Como puderam! Eu…
Ela estava desesperada e eu a abracei com força, a abracei da forma que eu queria ter sido abraçada quando vi minha mãe morrendo, eu entendia um pouco da dor dela e sei que ela precisa disso.
- Ele vai viver! A senhora vai vê ele é forte não lutou até aqui atoa!
Ela se agarrou a mim chorando e eu apenas aguentei.
Quem fez isso não merece ter uma boa vida na cadeia merece sofrer no inferno.
Algum tempo depois a família de Edgar estava toda no hospital, mas nenhum sinal de piadas ou qualquer coisa foi ouvida.
- Ele é tão pequeno.
A senhora Pavlova estava sentada em uma cadeira de forma triste. Todos na sala de espera estavam tristes.
- Ele vai ficar bem estamos aqui.
Dona Tatiana se pronunciou.
- Edgar, eu sei que o menino não é seu filho.
Ela falava de forma automática.
- O bebê não tem culpa senhora Pavlova, com ou sem o meu DNA eu irei me responsabilizar como pai dele independente do que aconteça.
Eu concordei.
- O menino é a nossa família independente do sangue. - o pai de Edgar falou. - ele será criado como um legítimo Rankovsk.
Os olhos da mulher se encheram de lágrimas.
Eu decidi não me pronunciar apenas dei um leve sorriso.
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Bruto - Fora Da Curva
ChickLitViu mamãe, essa foi minha última boa ação! Após abandonar tudo para cuidar da mãe, Elizabeth Clark se vê órfã e morando em um barraco no fim do subúrbio de Nova York. Será que sua mãe estava certa e boas ações realmente nós trazem recompensas boas? ...