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Edgar

" Você achou mesmo que poderia me enganar? Mas já que quis ir para a chuva vai ter que se molhar."

Meu pai se sentou de forma dominante atrás da luxuosa mesa.

" Não sei do que está falando."

A negação é a melhor opção.

Meu pai é aterrorizante, sei que ele não troca a camisa para resolver os problemas nem os mais sujo.

" Trouxe uma estranha para dentro da minha casa sem ao menos saber quem ela é mas como sempre eu estou metros a frente de você e tomei as devidas providencias"

" Como assim?"

Ele sorriu e me entregou um papel.

" Vou fingir que você realmente encontrou o amor da sua vida, em troca você vai de casar e vai fazer esse casamento dá certo custe o que custar. Caso você falhe mando a garota pra qualquer lugar e você perder não somente a empresa mas tudo o que conhece como seu inclusive Bruce."

A lembrança de meses atrás me voltam a memória, Elizabeth me olhava esperando uma explicação e eu realmente não tinha.

Lidiya foi um caso de uma noite ela é modelo da empresa e eu nunca me envolveria com alguém do trabalho exatamente por isso que Rosa é minha secretária e assistente pessoal a única mulher desse prédio que é próxima a mim .

Mas um dia de em bar Lidiya se sentou ao meu lado e eu estava bravo me meti em mais uma fofoca e meu pai meu pai me fez ouvir um sermão de horas. Porra eu não sou uma criança.

Eu não iria transar com ela mas uma coisa levou a outra então passamos a sair algumas vezes.

Nossa última noite juntos foi antes de ir para os Estados Unidos e desde então não vi ela. Mas a algumas semanas ela apareceu na minha sala com uma barriga de grávida.

De início me desesperei mas pedi ajuda ao meu irmão Dmitry e ele me enviou nessa manhã os exames pelas datas ela já estava grávida quando ficamos pela última vez e não era meu.

- Quer saber você não me deve nenhuma explicação afinal não somos nada tudo isso não passa de um trabalho temporário.

Elizabeth pensou a ir em direção ao elevador.

- Elizabeth!

Fui atrás dela e entrei no elevador.

-  Sabe Edgar tudo o que eu tinha morreu junto com minha mãe e  quando a fome apertou eu estava sozinha em um barraco desesperada então fui atrás de achar restos dentro do lixo dos restaurantes… ali eu pensei em como seria minha vida se eu tivesse o meu pai de verdade, ele iria me alimentar dignamente ou me deixaria a própria sorte ? No fim eu não poderia viver pensando nele e em ninguém mas eu jurei a mim e a Deus que não continuaria sofrendo pelos erros dos meus pais então arrumei um trabalho em um lugar não muito confiável para apenas roubar comida e em um desses meus furtos Bruce me achou. - ela parou de falar e como se quisesse chegar a um raciocínio então se virou para mim e me olhou nos olhos de forma intensa. - Sabe o que eu aprendi enquanto sofria nas ruas de Nova York? Um pai e uma mãe conseguem destruir a vida dos filhos mesmo não estando lá ou querendo. Sabe o que é engraçado? Você e aquela mulher já estão destruindo a vida do bebê antes mesmo dele nascer.

Então a porta do elevador se abriu e ela me entregou a guia de Bruce e saiu sem olhar para trás.

Eu não sabia o que dizer, apesar de ter certeza de não ser o pai da criança só um exame de DNA poderia me livrar de fato da responsabilidade. Enquanto isso não fosse resolvido de fato eu preciso fazer com que meu relacionamento com Elizabeth não seja atingido.

Bruto - Fora Da Curva Onde histórias criam vida. Descubra agora