Bruto - Fora Da Curva

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— Já disse mama, não é nada sério.

— Como não é nada sério? Você não permite que ninguém além da família chegue perto do filhote!

Ok, preciso usar as armas ao meu favor.

— Mãe só estamos saindo.

—  Traga essa garota Edgar! Precisamos saber quem ela é! Como se chama ?

Ponto.

É óbvio que não levaria uma mulher comigo sem antes ter o ultimato da minha família, eu precisava dar pistas de que tinha uma mulher comigo então mais cedo  meu plano se consistiu em, atender uma chamada de vídeo da minha mãe e por "acidente" mostrar uma bolsa feminina sobre o balcão da cozinha.

Meus pais sabem que nunca levaria uma namorada por livre e espontânea vontade, e por lógica eles teriam que me ameaçar e investigar toda a história.

— Elizabeth, e ela não sabe que nosso relacionamento foi exposto.

Escutei um grito agudo e retirei o celular da orelha.

— Então , assume que está em um relacionamento? Querido Edgar está em um relacionamento e o nome dela é Elizabeth!

Minha mãe é uma fofoqueira de marca maior.

Escutei meu pai falar algo e pegou o celular.

— Como conheceu essa garota Edgar? Ela sabe dos nossos negócios?

Ela não sabe e nem eles vão saber dos meus negócios com ela. Então estamos todos em comum acordo.

— Assim que vim para Nova York não foi de uma maneira convencional, e não ela não sabe dos negócios.

— Traga a garota precisamos saber que tipo de pessoa ela é!

Antes de responder a porta do consultório foi aberta.

— E como eu disse Eliza, o acompanhamento ginecológico é indispensável nessas circunstâncias.

O médico falou.

— Muito obrigada doutor vou seguir a risca todas suas recomendações.

Ela ficou toda sorrisos para com o doutor almofadinha.

— Estão no hospital? Ginecológico?

Ouve um barulho e todos estavam falando ao mesmo tempo pelo celular, no desespero acabei desligando.

Péssima mania de esquecer o celular em chamadas com minha família.

— Do que estão falando?

Me aproximei dos dois.

— Senhor Rakovsky, primeiramente preciso não só como médico mas também como homem lhe parabenizar!

Elizabeth estava com um grande sorriso e o doutor apertou minha mão me dando um abraço esquisito.

— Confesso que não sei o motivo.

Falei confuso e a garota cutucou o doutor com o cotovelo.

— Claro! Claro! Eu só posso lhes desejar toda a felicidade. Os resultados saem em sete dias Eliza.

— Muito obrigada Henry .

Ela estendeu a mão e o engomadinho loiro beijou.

Mais que porra  de informalidade é essa!?

— Vamos querido?

Ela me pegou pelo braço e saiu me arrastando.

Ao entrarmos dentro do elevador a impressei antes de apertar o botão para ir ao térreo.