statement

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Nikolai acordou certo, com determinação. Irá se desculpar com Fyodor sobre o que vez no dia anterior. E também irá resolver essa questão do pai do russo tirar seu amado de si, o que com certeza o albino não vai permitir.

Escovou os dentes rapidamente após tomar seu café da manhã. Pegou sua bolsa e saiu de casa, mas dessa vez não ao caminho a escola, e sim em direção a uma floricultura, quer agradar Fyodor, afinal depois daquele acidente, o russo merece isso.

Andou até a floricultura, entrou dentro do edifício e em busca de algum vendedor ajudá-lo. Que logo vê um senhorzinho com um avental igual dos outros funcionários.

— Com licença. — Disse Gogol para o senhor.

— Oh, olá meu jovem, em que posso te ajudar? — Questiona o idoso sorrindo gentilmente para o ucraniano.

— Preciso de algumas flores para um pedido de desculpas. — Disse o albino meio sem jeito.

— Oh, brigou com alguém? — Disse o senhor surpreso.

— Infelizmente eu magoei alguém muito especial para mim. — Disse Nikolai abaixando a cabeça.

— Isso é triste, mas pelo menos você se arrependeu e está deixando o orgulho de lado para poder se desculpar. — Disse o homem dando um leve sorriso enquanto caminha para um lugar com algumas flores, sendo seguido por Gogol. — É raro ter adolescentes que ainda tem a decência de pedir desculpas aos outros. — Disse o senhorzinho parando na frente de algumas flores.

Nikolai não disse nada, apenas está escutando tudo atentamente. Enquanto isso o senhorzinho empurra um vaso para o lado, mostrando mais algumas flores.

— Leve algumas margaridas, elas tem cores suaves, e também significa desejo de reconciliação e transmite inocência, e é a melhor escolha. — Disse o senhorzinho arrumando um pequeno buquê.

— Será que ele vai gostar? — Questinou mais para si mesmo, meio inseguro com sua escolha.

— Irá sim, só o fato de você ir pedir desculpas já irá deixá-lo feliz. — Disse entregando o buquê.

— Certo, obrigado. — Disse abrindo um pequeno sorriso, e em seguida pegou o buquê.

— De nada, e boa sorte com seu namorado. — Disse o senhorzinho.

— Obrigado de novo! — Disse alto, enquanto se afastava em direção ao caixa.

Gogol entra na pequena fila de pessoas, ansioso para chegar logo ao hospital, afinal precisa ainda conversar com o pai de Dostoiévski. Não demora muito, por volta de 2 ou 3 minutos, o albino é atendido.

Após pagar o buquê, o ucraniano sai da floricultura e começa a andar em direção ao metrô para poder ir ao Hospital. Chegando no metrô, Gogol senta em um banco e começa a esperar pacientemente o trem. Enquanto espera, sua mente elabora um plano de tentar convencer o pai de Dostoiévski em deixá-lo ficar no Japão.

O trem para em sua estação, Gogol se levanta e caminha para dentro. Em seguida se senta em  um dos bancos livres e espera pacientemente até seu destino.

Nikolai está ansioso para encontrar com Dostoiévski, está preocupado, afinal o que aconteceu ontem foi sua culpa dele.

O albino apenas quer abraçar o russo, e dizer que vai ficar tudo bem, talvez até... Beijá-lo...
Deus! O que está pensando, beijar seu amigo, isso é tão... Droga!

— Para de pensar nisso! — Disse baixo para si mesmo, enquanto suas bochechas ficam vermelhas.

Contudo, na mente do ucraniano vem a imagem dos lábios de Fyodor, que mesmo estando pálidos e partidos, Gogol sente vontade de beijá-los. Ou então eles vermelhos vinhos com aquele batom que viu o russo usar.

The albino bassistOnde histórias criam vida. Descubra agora