The end

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O ambiente está começando a encher, a cidade de Kagoshima inteira parecia ter ido apenas para vê esse show de um monte de adolescentes.

Atsushi se encontra nervoso, é um número muito maior do que costuma apresentar, lhe deixando um pouco apreensivo. Isso não passa despercebido pelo baterista.

Akutagawa pegou uma lata de cerveja na metade, e em seguida se aproximou do albino de mecha negra. E em seguida oferece a cerveja.

— Bebe um pouco, vai te ajudar a relaxar e distrair seu cérebro. — Afirmou o moreno.

Nakajima acaba aceitando a cerveja oferecida, a mesma ainda se encontra gelada. Ele bebeu um gole do líquido que desceu queimando a sua garganta. O fazendo fazer uma careta com o gosto.

— É amargo no começo, mas logo você se acostuma. — Disse o moreno se virando para encarar a plateia que foi se formando.

Enquanto os restante do grupo organiza seus instrumentos, Nikolai nota a falta de um membro. Com isso, o ucraniano sai do palco procurando um moreno de olhos violetas.

Não demora muito para encontrá-lo de lado de fora de onde vai ocorrer o show. O moreno se encontra pensativo encarando a paisagem, com isso acaba não notando a aproximação de Gogol.

O ucraniano para ao lado o russo, observando atentamente o rosto do mesmo.

— O que está pensando tanto? — Questinou o albino chamando a atenção do outro.

Fyodor leva um susto, dando um pequeno pulo no lugar. O que Gogol achou graça. O moreno se virou para o parceiro com a faça contraída de raiva.

— Quer me matar do coração? — Questinou irritado.

— Desculpa, eu não pensei que você estivesse tão distraído assim. — Disse o albino rindo da situação.

— Tá, fala logo o que você quer. — Disse num tom rude, enquanto sua cintura é abraçada com cuidado pelo ucraniano.

— Nada demais, só queria saber onde você estava. — Falou apoiando a cabeça no ombro de moreno.

— Você não consegue ficar sem mim, não é?

— Eu quase te vi morrer duas vezes, então sim, não consigo ficar sem você. — Afirmou enquanto cheira o pescoço do moreno.

Fyodor ficou em silêncio com essa situação, meio angustiado com esss assunto. 2 meses e algumas semanas se passaram, e os acontecimentos de todo aquele caso ainda está bem vivo em sua mente, a dor que causou em Gogol, é imperdoável.

— Me desculpa...

— Não peça desculpas por algo que não é sua culpa. — Afirmou o ucraniano depositando um beijo na bochecha do russo.

— Na verdade eu tenho sim culpa nisso. — Disse Fyodor abaixando a cabeça, se sentindo um imbecil pelo o que havia feito.

— Como assim? — Disse Nikolai confuso, enquanto levanta o rosto do moreno, para que ambos se olhassem nos olhos.

— Naquele dia na sua casa... Quando brigamos... Eu mesmo enfiei os cacos de vidro na minha barriga... Eu sinto muito mesmo, mas quando eu vi que eu tava te machucando daquela forma, me senti horrível que morrer parecia a solução para tudo... Me desculpa mesmo, eu sei que goi egoísta, mas eu só... Não queria te vê daquela forma. — Disse Dostoiévski, não conseguido olhar nos olhos de Nikolai, se sentindo horrível por tudo que fez com o albino.

Gogol permaneceu em silêncio, depois de tudo que ouviu vinda da boca do moreno, simplesmente não conseguiu sentir raiva ou algo assim. Na verdade, compreendia o russo. Afinal se sentiu horrível naquele dia também, além de sido como seu pai e batido no moreno, também viu com os próprios olhos a dor que é quase perder quem ama.

The albino bassistOnde histórias criam vida. Descubra agora