Um amor para outra vida

Capítulo 39

39

— Será que ela está bem, minha querida? — Perguntou Harumi olhando para a estrada, mas a pergunta foi direcionada para a Duquesa ao seu lado. Mikoto olhou para Harumi e atracou em seu braço negando.

— Tenho certeza de que Hinata está bem. Passaram-se apenas algumas horas, minha amiga. Hinata é forte como a mãe e o pai, tenho certeza de que ela se dará muito bem. Além do mais, ela terá Sasuke consigo, não? — Harumi assentiu olhando para o carrinho de bebê que empurrava. Ela viu sua neta dormindo de maneira serena agarrada a mantinha.

— Nem consigo imaginar como estão os pensamentos de minha filha. Foi para a guerra e Sasuke também está lá, acabou deixando sua filhinha aqui conosco. Ela deve estar tão preocupada. Se uma mãe preocupa-se com um filho que já está adulto e crescido, imagine uma mãe que tem um filho de apenas cinco meses. — Mikoto assentiu olhando ao redor e percebendo que Konoha estava decaindo cada vez mais.

Os cidadãos não pareciam mais tão alegres como estavam antes. Havia pouco mais de onze anos que a guerra durava e estava sendo um terrível sufoco viver uma vida plena novamente com a incerteza de quanto tempo mais aquilo duraria. As pessoas já não tinham mais forças de continuarem mantendo suas esperanças de que não duraria muito mais tempo, apenas mantinham-se temerosas de o que aconteceria mais a frente e se o que acontecesse era para o bem ou malefício da humanidade.

— Tenho certeza de que ela está um pouco melhor sabendo que as duas avós e o irmão estão cuidando muito bem de sua filha. — Harumi assentiu. — As pessoas andam cabisbaixas, não?

— Não duvidaria que, assim como nós, as pessoas não têm mais forças para ficarem felizes com bailes. Pelo que a linda Condensa disse-me um dia destes, os bailes estão cada vez mais cabisbaixos. As pessoas não tem mais um pingo de vontade de dançarem felizes tendo dúvidas se a guerra acabará ou não. — Mikoto suspirou abrindo seu leque.

— Como poderão? Seus filhos, maridos e irmãos estão lutando enquanto eles estão festejando? Devem sentirem-se muito culpados. Eu mesma não tive mais quaisquer vontades de participar de bailes sabendo que meus filhos estão em meio a tiros e bombardeios. O mesmo aconteceu a oito anos atrás. Jamais esquecerei da sensação de ver meus filhos partirem a primeira vez para a guerra.

— Partilho da mesma opinião, querida. Olívia trancou-se em seu quarto desde que Hinata fora embora. Ah, tão doce minha filha é. Disse-me que está escrevendo um livro baseado no amor de Hinata e Sasuke. — Mikoto sorriu orgulhosa.

— Olívia tem um enorme talento para a escrita. Serei a primeira a comprar seus livros e muito mais feliz por saber que contam a história de Hinata e de Sasuke. — As duas sorriram.

— Senhoras! — As duas mulheres pararam de caminhar e avistaram Ino correndo lento até as duas, já que também empurrava um carrinho de bebê. Assim que chegou as duas amigas, a loira curvou-se enquanto sorria contente. — Não imaginam minha alegria assim que as avistei ao longe.

— Oh, querida Ino, tem muito tempo que não vimo-nos. Como está?

— Estou bem, cara Sra. Uchiha. Infelizmente não consegui visita-la e desejar-lhe felicitações por seu casamento. Perdão ter demorado tanto tempo. Meu filho Inojin é simplesmente um sapeca, terrivelmente agitado.

— Não se preocupe, querida, está tudo bem e eu agradeço imensamente por suas felicitações. Ah, veja só, seu bebê é extremamente parecido consigo. — Ino sorriu corada e assentiu.

— Sai diz a mesma coisa e não sabem a alegria que tenho em ouvir isto. Não que meu marido não seja bonito também, mas sempre quis ter um filho que tivesse meus olhos. É uma herança muito querida por mim já que estes olhos pertenciam ao meu pai que, infelizmente, também foi mais uma das vítimas da guerra. — As duas mulheres suspiraram assentindo com pesar. Ino aproximou-se um pouco mais das duas mulheres e olhou ao redor certificando-se de que ninguém as estava escutando. — Sabem há quem diga que Hinata teve um bebê.