William estava perdido nela. Seus beijos eram intensos, e ele deslizava os lábios pelo pescoço dela, enquanto ela arfava, o corpo respondendo ao toque dele. Ele sentia algo que o deixava confuso, algo que ia além de qualquer outra experiência.
― Isso é uma loucura, ― ele murmurou entre beijos, a respiração entrecortada. ― Nunca me senti assim antes.
Catherine, ainda com os olhos fechados, o puxou mais perto, mas ao ouvir aquelas palavras, não conseguiu conter uma risada curta e incrédula.
― Ah, por favor, William. Você não precisa mentir para mim, ― ela sussurrou, um toque de ironia, tentando manter a racionalidade no meio da atração avassaladora.
Ele parou e a segurou pelo rosto, seus olhos encontrando os dela com uma sinceridade que a desarmou.
― Não é mentira, ― ele disse, a voz firme e intensa. ― Eu realmente nunca me senti assim. E é... é horrível, para ser honesto. Assustador. Não gosto de perder o controle. Mas, ao mesmo tempo, é tão bom. Como se... ― Ele hesitou, buscando as palavras, o olhar um pouco perdido. ― Como se estar perto de você fosse a única coisa que faz sentido e a coisa mais absurda ao mesmo tempo.
Catherine o encarou, as palavras dele ecoando em sua mente. Não entendia totalmente o que ele queria dizer, mas havia algo nos olhos de William que revelava uma vulnerabilidade que ela nunca tinha visto antes. Ele, o capitão confiante, arrogante e impenetrável, parecia exposto, com os sentimentos à flor da pele. Era algo que ele mesmo não parecia saber como lidar.
― William... ― ela começou, tentando encontrar as palavras, mas ele a silenciou com outro beijo, como se precisasse daquela conexão para se ancorar.
E Catherine, sentindo a intensidade dele, deixou-se levar, afundando-se na sensação de estar nos braços dele, ainda sem entender completamente o que tudo aquilo significava, mas sabendo que, de alguma forma, estava diante de algo que ia muito além do que imaginara.
Ele se afastou, respirando fundo, como se de repente tivesse caído em si. Olhou para ela, os olhos ainda intensos, mas agora um pouco mais cautelosos, como se ponderasse a real implicação de continuar naquele momento.
― Eu... não posso fazer isso aqui, não agora. ― Ele segurou-a pela cintura, a expressão indecisa, claramente ponderando se valia mesmo a pena parar ali. Por um segundo, seus olhos voltaram para os dela, e Catherine podia ver o conflito em seu olhar. Com um suspiro frustrado, ele passou as mãos pelos cabelos, tentando se recompor.
Ela, sentindo a intensidade do momento, assentiu em silêncio. Sabia que não havia como continuar ali, que a situação já era complicada o suficiente sem adicionar mais camadas de confusão.
― Você está certo, ― ela disse, tentando parecer firme, mas sentindo a adrenalina ainda pulsar em suas veias.
Eles trocaram um olhar, e em comum acordo, decidiram que não mencionariam o que aconteceu entre eles no formulário de relacionamentos. William foi o primeiro a expressar isso, sua voz baixa e calculada.
― Eu não vou preencher, ― ele disse, o tom seguro. ― Mas também não vou falar nada sobre você, Catherine. Não quero piorar a situação. ― Ele sorriu com uma ironia amarga. ― Porque, honestamente, essa lista já vai ser embaraçosa o suficiente, ― ele disse, ainda observando-a. ― E não preciso explicar para o Finn como fui parar na cama com a pessoa que escreveu um relatório de quatro páginas basicamente acabando com a minha reputação.
Catherine ergueu uma sobrancelha, tentando conter um sorriso.
― Bem, se você tivesse seguido os protocolos, talvez não precisasse de quatro páginas. Eu até tentei ser breve.
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TURBULÊNCIA ; 𝗐𝗂𝗅𝗅𝗂𝖺𝗆 𝖾 𝖼𝖺𝗍𝗁𝖾𝗋𝗂𝗇𝖾
FanfictionOnde Catherine Middleton, uma competente controladora de voo é transferida para a RAF Brize Norton para começar algo novo, algo grandioso. Ela só não sabia ainda que, entre as ordens de voo e as coordenações perfeitas, algo ainda mais inesperado est...