𝟏𝟖

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William estacionou o carro na frente do pub, o lugar já iluminado e cheio de vida. Ele ficou alguns segundos no volante, respirando fundo e tentando deixar as frustrações da visita de Finn para trás. Ele estava ali para se distrair, para esquecer, nem que fosse por algumas horas. Empurrando os pensamentos incômodos para o fundo da mente, ele saiu do carro e entrou no pub, logo avistando seus amigos em uma mesa no canto.

Rob Dixon estava lá, como sempre, com seu humor sarcástico e sua habilidade de manter a conversa animada. Ao lado dele, estavam Jack Monroe, conhecido por ser o palhaço do grupo; Alex Carter, o mais sério e centrado, mas que sabia relaxar quando era necessário; e Tom Ellis, que parecia estar sempre no centro das histórias mais absurdas.

― Finalmente, o homem aparece! ― Rob exclamou assim que viu William se aproximando. ― Achei que você ia passar essas duas semanas trancado em casa, remoendo seus erros e pensando em como me pagar as cervejas que me deve.

― Até parece, Dixon, ― William respondeu com um sorriso forçado, pegando uma cadeira e se sentando. ― Você sabe que eu sou mais forte que isso.

Jack riu, empurrando uma caneca de cerveja para William.

― Forte? Você está é desesperado por companhia. Aposto que ficou falando sozinho em casa.

― Ou com uma mulher, quem sabe? ― Tom acrescentou, erguendo as sobrancelhas de forma sugestiva. ― Quem é a mulher da vez, hein, Wales?

William riu, mas desviou habilmente a conversa.

― Vocês têm uma imaginação fértil demais. Estou aqui só para beber, rir e esquecer o fato de que Dixon é insuportável.

― Ei! ― Rob fingiu indignação, apontando para ele. ― Eu sou o motivo pelo qual essa mesa está animada. Sem mim, seria só o Monroe contando as histórias sem graça dele.

― Minhas histórias são ótimas, obrigado ― Jack respondeu, cruzando os braços.

Enquanto os amigos continuavam trocando provocações, William pegou a cerveja e tomou um longo gole, sentindo o amargor familiar relaxar um pouco a tensão em seus ombros. Ele não mencionaria nada sobre Finn, nem sobre a transferência de Isabella ou a nomeação de Ben Ainslie. Não queria trazer aquele peso para a noite. Ele estava ali para se divertir, mesmo que fosse difícil esquecer completamente.

― Então, Wales, ― Alex começou, inclinando-se para ele. ― O que você tem feito nesses dias? Além de fugir da base, claro.

― Nada demais, ― William respondeu com um sorriso casual. ― Arrumei o apartamento, fiz umas corridas, pensei em começar um livro...

― Um livro? ― Jack interrompeu, gargalhando. ― Quem é você e o que fez com o William?

William riu junto, mas por dentro sabia que estava se esforçando para parecer despreocupado. Ele não queria dar aos amigos qualquer indício de que as últimas semanas estavam pesando mais do que ele gostaria de admitir.

― Tá bom, nada de livros, ― ele disse, levantando a caneca para um brinde. ― Só cerveja e bons amigos. Agora, vamos mudar de assunto. Alguém aqui tem uma história melhor que a do Monroe? Porque, sinceramente, o padrão está baixo.

O pub estava mais animado conforme as horas passavam, o barulho de risadas, copos se chocando e vozes altas preenchendo o ambiente. William já havia tomado algumas cervejas, e embora ainda estivesse lúcido, sentia a leveza que o álcool trazia. Ele estava determinado a evitar qualquer menção a Catherine, mas seus amigos, como sempre, estavam focados em fazer o oposto.

― Então, Wales, ― começou Rob, um sorriso malicioso no rosto enquanto girava a própria caneca de cerveja. ― Vai continuar nesse modo “homem reformado” ou finalmente vai nos contar quem está ocupando seu tempo agora?

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TURBULÊNCIA ; 𝗐𝗂𝗅𝗅𝗂𝖺𝗆 𝖾 𝖼𝖺𝗍𝗁𝖾𝗋𝗂𝗇𝖾Onde histórias criam vida. Descubra agora