RED ZONE

cap 13

Elleanor POV

  Eu estava dentro do carro de Alekseeva. Parecia que estava passando um furacão na minha mente.

Por que caralhos eles não me responderam?

Por que eu concordei em vir até aqui?

O que diabos pode acontecer comigo agora?

  Talvez tenha sido a bebida, ou tesão também. Meus pensamentos fluíam até sentir a mão grande de Scanor em minha coxa.

- Já estamos chegando, princesa. - Ele me apalpa.

  Soltei uma risada nasal em resposta, ainda me questionando se ele realmente estava me levando para a casa dele.

  Após mais uns dez minutos naquele carro aturando aquele merda me sufocando com seu cigarro. Era uma mansão robusta, bem iluminada. Claro, afinal ele é Scanor Alekseeva.

- Chegamos… - Ele sai do carro e dá a volta, logo abrindo a porta para mim. - Quer que eu te carregue ou suas pernas não estão mais fracas? - Ele zomba.

- Idiota… - Me levanto bruscamente, ouvindo suas risadas.

- Ah, qual é, gatinha… - Ele pega em minha mão, me conduzindo até a entrada da casa. - Você ficou toda mole só com algumas dedadas… Imagina quando eu te foder de verdade? - Ele me para, apertando minha cintura e sussurrando em meu ouvido. - E eu não costumo pegar leve…

  Me arrepiei por completo. Logo ele para ao meu lado, sorrindo da forma mais filha da puta possível.

- O que houve com você e o James? Parecia furiosa tentando falar com ele pelo celular… - Ele pega em minha mão novamente, voltando a andar.

- Ah, ele tinha combinado de ir me buscar… Mas acho que ele tinha algo mais importante… - Reviro os olhos.

- Provavelmente comendo uma puta… - O moreno fala de forma preguiçosa.

- É, talvez… - Dou de ombros.

  Questionei pelo mesmo não parar para abrir a porta do casarão, mas a uns cinco paços antes, as portas se abriram sozinhas por duas empregadas, revelando um enorme salão bem iluminado e luxuoso.

- Preparem roupas para minha acompanhante, quero a mais decotada e… - Ele me olha. - Confortável para ela… - Ele dizia enquanto andávamos por um corredor de empregados, logo um deles, uma moça, sai andando apressada para outro cômodo. - Quero entregue no meu andar, rápido!

- Sim senhor! - A mulher grita de longe.

É, esse realmente era o verdadeiro luxo.

  Continuo andando meio sem jeito por conta quantidade de serventia. Subimos uma pequena escadaria que dava em um saguão onde se encontrava um elevador.

  Como não conhecia nada, entrei junto a Scanor, ainda com receio.

Me arrependo de não ter trazido nenhuma arma

- Aonde vamos? - Descontrai.

- Para a minha ala da casa… - Ele fala olhando seu relógio de pulso.

- Sua… Ala? - Questiono.

- Essa casa é imensa, cinco andares acima e dois subterrâneos, então eu tenho um andar pra mim, e um para o meu irmão… - Ele explicou.

- Ah, claro… É realmente muito grande e… Bonita! - Sorrio, aquelas informações com certeza serão úteis.

- Minha família tem bom gosto… - O elevador para, logo o mesmo pega em minha mão novamente.

  Era surreal, como uma casa dentro de uma casa, toda a ala era aclopada com cozinha, sala, banheiros, suíte, e provavelmente quartos de hóspedes.

- Eu… Vou resolver uma coisa aqui, pode esperar na sala? Tem comida na geladeira, fique a vontade… - Ele fala maio apressado, logo indo até um corredor.

Franzi o senho, qual seria a importância? Sei que a curiosidade pode ser considerado um defeito meu mas… Vai que possa ser algo relevante para a missão?

  Me aproximei devagar da porta, colocando meu ouvido da mesma, era difícil de entender o que o mesmo estava falando, mas aparentemente era em seu telefone.

-  YA zhe govoril tebe, brat, ya budu ostorozhen... YA znayu, chto oni khitryye, no ya budu ostorozhen, tak chto mozhesh' rasslabit'sya? (Já disse irmão, estou tomando cuidado... Sei que elas são sorrateiras, mas vou tomar cuidado, então dá pra relaxar?)

Merda…

  Era nítido que Pietro desconfiava, desconfiava de mim… Porra, Jacobs estava certo, esses merdas tem ouvidos em todo lugar…

- Ei! - Sinto um puxão busco em meu braço, e ao me virar, vejo uma mulher de cabelos castanhos enrolada em uma toalha. - Quem é você?! Uma ladra?!

- Uma ladra?! Eu?! - Questionei, a encarando séria.

  A porta se abriu bruscamente, revelando Scanor. Pude ver um pouco do ambiente onde ele se encontrava, era um escritório.

- O que caralhos está acontecendo aqui?! - Ele xinga.

- Scanor! - A mulher me solta, correndo até o mais alto o abraçando, fazendo o mesmo a olhar estranho. - Quando eu cheguei essa garota estava aqui! Acho que é uma ladra… A julgar pelo estado do cabelo dela… - Ela me olha com desprezo.

  Pensei em rebater, mas antes de tudo, Alekseeva joga a morena no chão, me assustando.

- Poslushay, gryaznaya suka... Yesli ya kogda-nibud' yeshche raz uslyshu, kak ty govorish' o ney vsyakoye der'mo, klyanus', ya prodam tvoi organy chertovomu nishchemu... (Escute aqui sua vadia imunda... Se eu ouvir você falando qualquer merda sobre ela novamente, eu juro que vendo seus orgãos para a porra de um mendigo...) - Seu olhar que normalmente era sarcástico e brincalhão, parecia a porra de um animal.

  Engoli o seco, vendo a garota sair correndo da ala, logo Scanor suspira irritado, pegando em minha mão, que estava trêmula, e me puxando para o mesmo.

- Me perdoe, hm? Elizabeth se apega demais nas coisas, acaba esquecendo o lugar dela. - Mal consegui responder, apenas o encarei com os olhos arregalados. - Se acalme, gatinha… - Ele beija minha bochecha. - Não teria coragem de fazer nada com você…

  Suspirei nervosa, tentando manter a calma. Porra, se eu respirar errado do lado desse cara, eu tô fudida…

  O gelo é quebrado com a empregada, que chegou na ala segurando um conjunto de pijama vermelho, junto a toalhas.

- Ah… Suas roupas de banho chegaram. - A empregada se aproxima, me entregando as vestes, logo se curvando e saindo. - Quer banhar… Comigo?

- Hm? - O encarei. Porra, esse homem vai me comer. Pensei. - Bom…

  Sou interrompida pelo meu celular tocando, era “James”. Peguei meu celular, encarando a tela por um momento.

Não era a Isabel que dizia que eu deveria aproveitar a vida?

  Desliguei a chamada, colocando meu celular no criado, assim olhando para Scanor, sorridente.

- Claro! Um  banho seria ideal agora…

  O moreno sorriu para mim, pegando em minha cintura e me conduzindo até o luxuoso banheiro, onde um belo chuveiro esperava por mim.

Continua…