If Them's The Rules

Gregorovich's Advice

1938

Ele resistiu à conclusão por muito tempo, mas depois do fracasso mais recente, não havia mais como negar: sua varinha, a Varinha das Varinhas, não estava funcionando.

Gellert Grindelwald havia adquirido a varinha em questão há muito, muito tempo, e ela o serviu bem. Ela sempre foi rápida em obedecê-lo e avidamente respondeu ao chamado de sua magia... até quatro anos atrás. Ele sentiu uma ligeira mudança imediatamente, mas por muito tempo foi fácil ignorar. Claro, a varinha parecia mais pesada em sua mão do que antes, e parecia estar cada vez mais relutante em obedecê-lo, mas ela funcionava.

Não mais, no entanto. Não estava funcionando para ele. E por mais que Gellert tentasse negar o problema, não havia como ignorar quando ele não conseguia usar a varinha para lançar uma merda de um único feitiço de limpeza.

Ele entreteve a ideia de pesquisar o problema sozinho e resolver o problema por conta própria, mas havia tantas outras coisas que precisavam de sua atenção. No final, Gellert decidiu ir até a oficina de Gregorovitch e pedir conselhos ao fabricante de varinhas. Não era como se o velho ousasse mentir para ele. Não desde que Gellert fez um comentário sobre a importância da honestidade há cerca de uma década.

Infelizmente, Gregorovitch não pareceu feliz em ver Gellert em sua oficina novamente.

"A varinha — você sabe qual — não está mais funcionando para mim", disse Gellert assim que expulsou o resto dos clientes de Gregorovitch. "Faça algo sobre isso.”

"Mykew, meu velho amigo", Gellert suspirou. "Não estou pedindo nada além de sua assistência aqui. Trate-me como qualquer outro de seus clientes habituais. Ajude-me.”

"Nenhum dos meus clientes teria forçado minha oficina a fechar a essa hora", Gregorovitch retrucou. "E mesmo se eu quisesse ajudar você, duvido que pudesse. A varinha ficou em minha posse por um tempo muito breve, graças a você, e o tempo que passei estudando-a foi muito limitado. Mais uma vez, graças a você.”

"Seja razoável", disse Gellert. "Esta varinha nunca foi feita para um colecionador, mas para um homem de ação como eu. Você e eu sabemos disso.”

"Um homem de ação", Gregorovitch repetiu com desdém. "Ouvi rumores, sabia? De um Lorde das Trevas carregando a marca das Relíquias da Morte. Você não tem todas elas, tem?”

Gellert olhou para o velho com um olhar frio no rosto, antes de sorrir brilhantemente. Ele então puxou uma varinha — a que ele tinha usado antes que a Varinha das Varinhas caísse em suas mãos — e segurou-o ao seu lado. Ele não lançou uma maldição — ele não precisava. A mensagem era clara como era, e Gregorovitch respirou fundo antes de se sentar.

"Me passe a varinha e eu darei uma olhada", disse o velho fabricante de varinhas. "Mas eu prometo a você que não haverá resultados.”

"Eu não sou um homem irracional, Mykew," Gellert disse, entregando-lhe a Varinha das Varinhas. "Tudo o que eu quero é esforço genuíno e conformidade de você.”

Enquanto Gregorovitch trabalhava, Gellert decidiu dar uma volta dentro da oficina para passar o tempo. Ele se lembrava de ter vindo aqui há muito tempo para comprar sua própria varinha, e não havia mudado muita coisa desde então. As mesmas velhas prateleiras que balançavam sob o peso de inúmeras varinhas. As fileiras e fileiras de diferentes ingredientes e pedaços de madeira espalhados por todo lugar. Os mesmos poucos livros empilhados em um canto e uma pintura de uma mulher que estava congelada no tempo. Era tudo a mesma coisa.

'Na verdade, de tudo que está dentro deste lugar agora', pensou o mago. 'Parece que só eu mudei.’

E oh, quanta coisa mudou desde a primeira vez que ele veio aqui. As coisas que ele aprendeu, as pessoas que ele amou e deixou, os objetivos que ele abraçou e as ambições pelas quais ele viveu. Gellert havia percorrido um longo caminho desde os dias de confusão e hesitação. E se atingir seus objetivos significava aceitar e superar qualquer culpa por ter causado danos colaterais, então, bem... Todas as guerras tiveram baixas, e a guerra dele não foi diferente.