If Them's The Rules

In Matters of Murder

1940

Arcturus tinha lentamente, mas seguramente, começado a desprezar viajar para a Alemanha.

Ele não tinha nada contra o país em si, na verdade, mas sim o propósito que sempre o levava lá: um chamado de Grindelwald. O que no começo parecia uma aliança entre dois iguais agora se assemelhava mais a um relacionamento entre um Lorde das Trevas e um servo. E Arcturus não era servo. A maneira como o bruxo alemão continuou ordenando que ele viesse para a Alemanha, mas nunca pisou em solo inglês, era inconveniente e irritante — quem era ele para comandar Arcturus, afinal?

‘Eu vou mudar isso eventualmente’, Arcturus pensou, indo para o local que o Lorde das Trevas lhe dera. Ele chegou lá bem a tempo de ver um dos Cavaleiros saindo bufando claramente descontente, seguido por mais dois, que nem pararam para cumprimentar Arcturus.

Vermes, todos eles.

Dentro da casa, uma senhora idosa o levou a um porão, onde ele encontrou o Lorde das Trevas sentado e bebendo uma taça do que parecia ser vinho. Arcturus não ficou impressionado — na verdade, ele ficou bastante surpreso que alguém que alegava ter tanta influência quanto Grindelwald estivesse escondido no porão de uma casa comum, em vez de uma fortaleza devidamente protegida.

"Aí está você", disse Grindelwald no momento em que viu Arcturus se aproximando. "Sente-se, meu amigo. Gostaria de beber alguma coisa?”

"Eu passo", respondeu Arcturus, desconfiado demais para aceitar qualquer coisa no momento. "Obrigado. E parabéns — reconheci seu trabalho na explosão que ocorreu em Viena na semana passada. Espero que o resto dos seus planos também esteja indo bem?”

“É isso mesmo”, disse Grindelwald. O sorriso em seu rosto estava polido à perfeição e totalmente pouco convincente quando ele continuou: "Eu não esperava que você notasse meus ataques entre tudo mais que tem acontecido aqui ultimamente. Que olhos você tem aí.”

"Foi uma surpresa para mim", respondeu Arcturus. "Eu não sabia que estava sendo excluído da sua campanha a ponto de não receber nenhuma informação. Há algum motivo para isso?”

O olhar de Grindelwald era calmo e frio, e Arcturus sabia que estava pisando em gelo fino quando o homem respondeu: "Cuidado".

Ainda assim, ele continuou. "Duvido que haja risco em me contar sobre ataques que estão destinados a acontecer. Não é como se algum deles estivesse acontecendo na Inglaterra, embora eu me pergunte por que isso ainda não aconteceu. Eu preferiria que meu envolvimento fosse além de alguns assassinatos miseráveis.”

“Há uma ameaça na Inglaterra,” Grindelwald disse, recostando-se na cadeira e pensando em um homem que ele conheceu. Um homem que poderia estar aqui com ele, mesmo agora, se as coisas não tivessem dado tão errado anos atrás. "Um bruxo cujas capacidades rivalizam com as minhas.”

"Sério", disse Arcturus, sem saber se isso era algum tipo de desculpa ou um prelúdio para outra missão. "E quem poderia ser esse bruxo?”

"O nome dele é Albus Dumbledore", disse Grindelwald. "Você não precisa se importar com ele, no entanto. Na verdade, fique o mais longe possível dele. Não tenho certeza do que ele faria para impedi-lo, mas não tenho dúvidas de que ele faria algo. Eu eventualmente lidarei com ele pessoalmente. Enquanto isso, no entanto, você terá que simplesmente aproveitar as poucas missões que eu posso lhe dar. Você já localizou algum dos seus alvos?”

"Hermann Löcke foi fácil de encontrar", disse Arcturus com um encolher de ombros. "Eu vou cuidar dele em uma semana. Quanto ao outro — Riddle, você disse que o nome dele era — eu não tive muita sorte.”