If Them's The Rules

Gifts and Greetings

1938

Tom acordou no dia de Natal sentindo um tipo de expectativa que nunca havia sentido antes. Talvez a razão fosse simplesmente que desta vez ele não sabia o que Harry havia comprado para ele, ao contrário de todos os anos anteriores, quando Harry simplesmente levou Tom a uma livraria e permitiu que ele escolhesse seus próprios presentes.

Em vez de apenas mingau, o café da manhã incluía chocolate quente e até biscoitos de baunilha que Tom gostava de mergulhar na bebida antes de comer. Harry sorriu para ele e balançou a cabeça.

"Você tem algo planejado para nós hoje?" Tom perguntou. Pessoalmente, ele não se importaria mesmo se Harry quisesse ficar em casa o dia todo — o tempo lá fora estava frio e ventoso, e Tom estava se sentindo um pouco preguiçoso.

"Na verdade não", respondeu Harry. "Poderíamos ir ao Beco Diagonal se você quiser, mas duvido que haja algo emocionante este ano. Você tem algo específico em mente que queira fazer?”

"Abrir meus presentes e ler", Tom disse, olhando para os dois pacotes que tinham sido cuidadosamente embrulhados em papel verde e posicionados no sofá. "Aquele perto da pilha não parece um livro.”

"Você não precisa adivinhar por muito mais tempo", Harry sorriu. "Termine seu chocolate quente e você está livre para abrir os presentes. Espero que você goste deles. No ano que vem, você poderia me fazer o favor de escrever uma lista de desejos de algum tipo." Tom não respondeu à sugestão de Harry e, em vez disso, engoliu o resto do chocolate quente antes de correr em direção ao sofá.

"Podemos ter uma árvore no ano que vem?" Tom perguntou de repente, enquanto tentava decidir qual presente ele queria abrir primeiro. "Eu acho que seria legal.”

"Claro", Harry prometeu, imaginando se comprar uma pequena árvore exigiria que ele economizasse dinheiro ou se ele poderia simplesmente confiar em seu salário de Testemunha para mantê-lo à tona até então. De acordo com seu contrato, ele estaria trabalhando para o ministério indefinidamente, mas isso não lhe dizia nada sobre a duração esperada de seu emprego. "Você pode até ser o único a decorá-lo, se quiser.”

Com uma expressão animada no rosto, Tom começou a abrir os presentes que Harry havia comprado para ele: um casaco de inverno que era mais quente do que qualquer outro casaco que Tom tinha no momento, e alguns livros que ele havia comprado em diferentes livrarias. Tom parecia bastante satisfeito com seus presentes, e foi só quando Harry viu o quão feliz o garoto estava que ele percebeu o quanto estava preocupado com a aprovação de Tom.

"Nosso próximo Natal será em uma casa nova?" Tom perguntou de repente, olhando para Harry com uma expressão curiosa e levemente esperançosa. "Quando podemos nos mudar para uma casa nova, afinal? Quanto tempo demora?”

"Bem", Harry começou. "Primeiro precisamos encontrar um lugar disponível para onde gostaríamos de nos mudar. Então contatamos o vendedor ou seu agente e discutimos preços, contratos e outras coisas importantes. Se tudo correr bem, mudar daqui para lá seria rápido e fácil. Também ajuda que não tenhamos muita coisa para levar conosco.”

"Você já pensou em que tipo de casa quer morar?" Tom quis saber. "Tudo o que eu quero é um quarto para mim. Essa é minha exigência.”

"Se essa é sua única exigência, então eu posso cuidar do resto enquanto você estiver em Hogwarts", disse Harry. "Então, quando você retornar para o verão, será para a nova casa. E não, ainda não pensei em que tipo de casa eu gostaria de morar. Para ser honesto, acho que seria melhor analisar as opções disponíveis primeiro.”

"É tão louco", Tom suspirou. "Como você conseguiu esse emprego. Eu sempre disse que você estaria melhor trabalhando com magia."

"Sim, você disse. Embora isso não seja algo que eu esperava", Harry refletiu em voz alta. "Pensar que a própria Trelawney me recrutou. Eu tive sorte." Ele já havia repetido a história de seu encontro com Trelawney para Tom pelo menos uma dúzia de vezes, e o garoto parecia sempre ter algo novo para comentar. Desta vez, ele estava balançando a cabeça com uma pequena carranca de desaprovação no rosto.