⁵⁰Wally West: Correndo para o seu coração

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Ver S/N devastada por causa do Roy Harper era uma das coisas mais difíceis que eu já tive que enfrentar. Não porque não sabia como ajudar, mas porque eu sabia o quanto ela merecia mais. Mais do que ele. Mais do que eu, talvez.

Ela estava sentada no sofá da minha sala, os olhos inchados de tanto chorar, segurando um casaco velho que Roy tinha esquecido no apartamento dela. Ela ainda não tinha coragem de se livrar dele.

— Ele me ligou de novo hoje, — ela disse baixinho.

Eu estava na cozinha, preparando chá, tentando parecer mais ocupado do que estava.

— E o que você fez? — perguntei, tentando manter a calma.

— Não atendi, — respondeu com um suspiro. — Mas ele deixou uma mensagem. Disse que queria se encontrar para “resolver as coisas”.

Meu estômago revirou. Roy Harper, sempre sabendo exatamente o que dizer para mantê-la presa naquele ciclo.

— Você sabe que ele só quer bagunçar sua cabeça de novo, né? — falei, colocando o chá na frente dela.

Ela me olhou, e pela primeira vez, parecia incerta.

— Talvez. Mas... E se ele estiver arrependido?

Eu queria gritar. Queria dizer que ela não precisava de alguém que só a fazia sofrer. Mas em vez disso, apenas me sentei ao lado dela.

— Você merece mais, S/N. Muito mais.

No dia seguinte, ela me ligou. Disse que ia encontrar o Roy.

Minha cabeça latejou. Minha boca estava seca enquanto eu tentava encontrar palavras.

— Tem certeza de que isso é uma boa ideia? — perguntei, andando de um lado para o outro no meu apartamento.

— Eu preciso de respostas, Wally. Preciso encerrar isso, de verdade.

Eu sabia que ela estava certa. Ela precisava desse encerramento, mas odiava a ideia de vê-la machucada de novo.

Horas depois, ela apareceu na minha porta. Seus olhos estavam vermelhos, mas havia uma expressão decidida em seu rosto.

— Você estava certo, — disse ela. — Ele só queria me confundir mais.

Meu peito apertou. Eu queria segurá-la, dizer que tudo ficaria bem. E foi o que fiz.

— Ei, estou aqui, — sussurrei enquanto ela chorava no meu ombro.

E, por mais egoísta que fosse, naquele momento, tudo que eu queria era que ela percebesse que eu sempre estive lá.

Algumas semanas se passaram, e as coisas estavam melhorando. Eu e S/N saíamos mais, ríamos mais. Ela parecia mais leve, mais livre.

Até que ele voltou.

Estávamos em uma cafeteria perto do centro quando Roy entrou. Ele me viu primeiro. Seu sorriso se desfez quando percebeu que eu estava ali, com ela.

— S/N, — ele chamou, aproximando-se.

Ela congelou. Eu senti sua mão apertar a minha por reflexo.

— O que você está fazendo aqui, Roy? — ela perguntou, tentando soar firme.

— Precisamos conversar, — ele disse, ignorando completamente a minha presença.

— Ela não quer falar com você, — eu me meti, levantando-me.

Roy me olhou, e o ar pareceu ficar mais pesado.

— E desde quando você decide isso por ela, West?

— Desde que ela é minha amiga e não precisa de você bagunçando a cabeça dela.

— Isso é o que você acha? Ou só está aproveitando a oportunidade?

Senti o sangue ferver. Ele sabia.

Foi naquela noite que tudo desmoronou. Eu estava patrulhando a cidade quando vi Roy em um telhado, esperando por mim.

— Precisamos conversar, — ele disse, cruzando os braços.

— Não temos nada para conversar, — retruquei, tentando passar por ele.

Ele me bloqueou.

— Você gosta dela, não gosta?

— E se eu gostar? Pelo menos eu sei tratá-la como ela merece.

Roy deu um passo para trás, surpreso, mas rapidamente recuperou sua postura.

— Você não entende nada, Wally. Eu a amo.

— Amar não é o suficiente, Roy. Não quando você não sabe o que fazer com isso.

Ele ficou em silêncio, e por um momento, achei que ele ia desistir.

— Eu vou lutar por ela, — disse finalmente.

Eu sorri amargamente.

— Boa sorte. Porque eu já estou ao lado dela.

Quando contei para S/N sobre o que aconteceu, ela ficou furiosa.

— Vocês brigaram? De verdade? Como dois adolescentes?

— Ele começou, — respondi defensivamente.

— Wally! Isso não ajuda!

Ela esfregou as têmporas, frustrada.

— Eu não sou um troféu para vocês disputarem.

— Eu sei disso, S/N. Só... Eu não consigo ficar parado enquanto ele tenta bagunçar sua vida de novo.

Ela suspirou, e pela primeira vez, parecia tão cansada quanto eu.

— Eu preciso de um tempo, Wally. Para pensar. Para entender o que realmente quero.

Meu coração afundou, mas assenti.

— Tudo bem.

Semanas se passaram. Roy tentou mais algumas vezes, mas S/N finalmente decidiu cortar contato.

E então, uma noite, ela apareceu na minha porta.

— Wally, eu pensei muito sobre tudo. E percebi algo importante.

Meu coração batia acelerado.

— O que você percebeu?

Ela sorriu, e o brilho nos olhos dela era tudo que eu precisava.

— Que você sempre esteve lá por mim. Que você é quem eu quero ao meu lado.

Antes que pudesse responder, ela se aproximou e me beijou.

E, pela primeira vez em muito tempo, tudo parecia certo.

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Palavras: 830

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