²⁹M'gann M'orzz: Entre mundos e verdades ocultas

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Ser uma marciana branca é algo que nunca quis aceitar, mas aqui na Terra, posso ser quem quiser. Sou Megan Morse, uma terráquea comum, parte da equipe Justiça Jovem, e sou Miss Marte. Aqui, eles me veem como uma heroína, mas o que acontecerá se descobrirem minha verdadeira identidade?

Estava treinando com Superboy no monte da Justiça quando o assunto surgiu pela primeira vez.

“Megan, você está estranha hoje. Está tudo bem?” Connor perguntou, seus olhos azuis brilhando com preocupação genuína. Sempre me senti segura com ele, mas algumas verdades eram difíceis de compartilhar, mesmo com aqueles mais próximos.

“Estou bem, só... pensando,” menti, forçando um sorriso.

Mas a verdade era que estava com medo. Um sonho recorrente sobre Marte e minha verdadeira origem estava me atormentando. A memória de ser rejeitada por outros marcianos, e a vergonha que carregava, começava a pesar mais do que antes.

Enquanto lidava com esses sentimentos, as coisas começaram a piorar. Recebemos uma missão inesperada em Marte, e eu sabia que isso significava enfrentar tudo o que vinha evitando.

Chegamos a Marte com a equipe, mas o frio na espinha que senti ao pisar em meu planeta natal era inegável. O ar era diferente, e o silêncio nas mentes ao meu redor era sufocante. Algo estava errado.

“Há algo se aproximando,” Dick Grayson (Asa Noturna) murmurou, olhando em volta. Mas eu sabia antes mesmo de ele falar. O medo que eu sentia desde que cheguei estava prestes a se concretizar.

De repente, uma figura surgiu na névoa marciana. Meu coração parou por um segundo. Era Ma'alefa'ak, meu irmão marciano branco, aquele que levou a dor e destruição para nossa espécie.

"M'gann... Finalmente, você voltou para casa," ele disse, com um sorriso que me fez estremecer.

Ma'alefa'ak sempre foi uma sombra no meu passado, o irmão que nunca consegui confrontar. Ele acreditava que os marcianos brancos deveriam governar e destruir a civilização dos marcianos verdes. Agora, ele estava aqui, diante de mim, e os outros não sabiam da verdade.

"Megan, quem é ele?" Conner perguntou, com uma expressão confusa, enquanto os outros se posicionavam em alerta.

Eu sabia que não podia mais esconder. “Ele é meu irmão,” admiti, sentindo as palavras como um soco no estômago. “E ele é perigoso.”

"Você escondeu isso de nós todo esse tempo?" Superboy parecia chocado, e ver a decepção em seus olhos me atingiu profundamente.

"Eu... eu tinha medo de como vocês reagiriam," tentei explicar, mas o dano já estava feito.

Ma'alefa'ak riu. "Veja, M'gann. Eles confiam em você, mas você nunca foi honesta com eles. Eu sou o único que conhece sua verdadeira face."

A batalha começou quase imediatamente. Mesmo enquanto lutávamos, minha mente estava em caos. Conner, Dick, Artemis — todos estavam lutando ao meu lado, mas eu sentia como se estivesse sozinha.

Depois da batalha inicial, nos retiramos para planejar nossa estratégia. Conner estava distante, e eu sabia que minha revelação o afetara mais do que qualquer um dos outros.

"Por que você nunca me contou?" ele perguntou mais tarde, quando estávamos a sós.

"Eu estava com medo, Conner. Medo de que você me visse como um monstro. Medo de perder você e o time," minha voz tremia enquanto falava, minha fachada se despedaçando.

"Eu te amo, Megan. Mas é difícil confiar quando você esconde algo tão importante de mim," ele disse, a dor clara em seus olhos.

Essas palavras me atingiram profundamente. Estava tão presa em minha própria vergonha e medo que não percebi o quanto isso estava afetando meus relacionamentos na Terra. Mas antes que pudéssemos continuar a conversa, Ma'alefa'ak atacou novamente.

Ma'alefa'ak capturou membros da equipe, incluindo Conner, e ameaçou destruir tudo o que eu amava, a menos que me unisse a ele. Ele queria que eu aceitasse minha herança marciana branca e destruísse a Terra, assim como havia feito em Marte.

"Você pode ser mais do que esses humanos fracos. Você é uma de nós, M'gann," ele disse, tentando me convencer. "Juntos, podemos governar."

Mas eu sabia, no fundo, que não queria poder. Queria ser aceita, sim, mas não às custas de destruir os outros.

"Eu não sou como você, Ma'alefa'ak," respondi, finalmente encontrando minha voz. "Eu escolho quem quero ser, e escolho proteger aqueles que amo."

A batalha final foi intensa, e Ma'alefa'ak não se conteve. Usou tudo contra mim, tanto física quanto psicologicamente. Tentou manipular minhas memórias, revivendo meus momentos de rejeição e isolamento em Marte. Mas, desta vez, não deixei que isso me controlasse.

Com a ajuda do time, consegui derrotá-lo. Mas o verdadeiro desafio foi o que veio depois — o de me reconciliar com quem eu realmente era.

Depois de tudo, a equipe me deu o espaço que eu precisava para me explicar, mas as coisas com Conner estavam complicadas.

"Eu sei que demorei para te contar, e entendo se você precisar de tempo, Conner," disse, tentando segurar as lágrimas. "Mas eu nunca quis ser outra pessoa para você."

Ele respirou fundo antes de responder. "Eu só preciso de tempo para entender isso, Megan. Mas saiba que o que eu sinto por você não mudou."

Seus olhos, ainda gentis, me deram esperança.

A missão em Marte me mostrou que eu não posso continuar fugindo do que sou. Sou uma marciana branca, mas também sou Miss Marte, uma heroína da Terra. E, acima de tudo, sou parte de uma equipe que me aceita, apesar dos segredos e do medo.

Voltar à Terra me fez perceber que, embora o passado de Marte sempre faça parte de mim, ele não define quem eu escolho ser no presente.

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Contagem de palavras: 926

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