⁵¹Batmom: Cicatrizes de família

98 24 6
                                    

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°

Era para ser uma noite como outra qualquer em Gotham. Bruce e Damian tinham saído para uma patrulha rotineira, deixando-me no Batcomputador, monitorando-os como sempre fazia. Eu sabia que eles tinham uma missão perigosa pela frente, mas a confiança de Bruce em Damian sempre me fazia questionar se ele esquecia o quão jovem nosso filho era.

O relógio marcava 3 da manhã quando ouvi o som da Batmóvel chegando à caverna. Levantei-me rapidamente, apenas para congelar ao ver Bruce carregando Damian nos braços. Seu uniforme estava rasgado, e sangue escorria pelo braço direito.

— O que aconteceu?! — minha voz ecoou pela caverna enquanto eu corria até eles.

— Ele se descuidou, — Bruce respondeu friamente, colocando Damian na mesa de exames.

— Se descuidou? Ele é uma criança, Bruce!

Damian tentou falar algo, mas gemidos de dor escapavam de seus lábios. Minha prioridade mudou instantaneamente. Fui até ele, pegando os suprimentos médicos.

— Não tente falar, meu amor. Vou cuidar disso agora.

Enquanto limpava os ferimentos de Damian, Bruce começou a justificar sua decisão:

— Ele precisa aprender a lidar com situações assim. É parte do que fazemos.

Parei, segurando uma compressa de gaze ensanguentada, e me virei para encará-lo.

— Parte do que fazemos, Bruce? Você está ouvindo a si mesmo? Ele tem 14 anos!

Depois de garantir que Damian estava estável e descansando, subi para a mansão. Bruce veio logo atrás de mim, e eu sabia que a discussão estava longe de terminar.

— Ele está bem, S/N, — Bruce disse, tentando encerrar o assunto antes mesmo de começar.

Eu me virei rapidamente, apontando um dedo para ele.

— Ele está longe de estar bem! Ele quase perdeu o braço hoje, Bruce!

— Ele sabia os riscos. Eu sabia os riscos. Faz parte da nossa vida.

— Ele não escolheu essa vida, Bruce. Você escolheu por ele.

Bruce fechou a cara, sua expressão se tornando a máscara de pedra que ele sempre usava para esconder seus sentimentos.

— Ele é meu filho. Ele é capaz.

— E é nosso filho! — minha voz subiu, algo raro para mim. — Você pode ser o Batman, mas isso não te dá o direito de esquecer que ele ainda é apenas um garoto!

Bruce desviou o olhar por um momento, como se minhas palavras tivessem atingido algo dentro dele. Mas, como sempre, ele não admitiria isso.

— Ele quer estar ao meu lado. Ele quer fazer isso.

— Ele quer sua aprovação, Bruce! Ele faz isso para provar que é digno de ser seu filho. Você não vê isso?

Por um momento, o silêncio tomou conta do ambiente. Apenas nossos olhares se cruzavam, ambos teimosos e inabaláveis.

Mais tarde naquela noite, fui até o quarto de Damian. Ele estava acordado, encarando o teto.

— Eu sei que vocês brigaram por minha causa, — ele disse, a voz baixa.

Sentei-me ao lado dele, pegando sua mão com cuidado para não tocar nos curativos.

— Estamos brigando porque ambos nos preocupamos com você.

Ele virou o rosto para mim, o olhar confuso, mas também vulnerável.

— Eu só quero mostrar que posso ser tão bom quanto ele.

Meu coração apertou.

— Damian, você não precisa provar nada para ninguém, especialmente para seu pai. Você já é incrível do jeito que é.

— Mas eu sou o Robin, mãe. Isso significa que eu preciso estar à altura dele.

Suspirei, acariciando seus cabelos.

— Ser Robin é parte de quem você é, mas nunca deixe que isso defina tudo o que você pode ser. E, acima de tudo, nunca deixe que o orgulho te coloque em perigo.

Ele assentiu, mesmo que relutante.

Mais tarde, encontrei Bruce no escritório. Ele estava de pé, olhando pela janela, como sempre fazia quando algo o incomodava.

— Não está no Batcomputador? — perguntei, cruzando os braços.

— Alfred assumiu, — ele respondeu sem se virar.

Caminhei até ele, ficando ao seu lado.

— Eu não vou pedir desculpas por me preocupar com o nosso filho.

Bruce finalmente olhou para mim, os olhos mais suaves do que antes.

— Eu sei.

— Então por que você continua agindo como se ele fosse indestrutível?

Ele ficou em silêncio por um momento, como se estivesse escolhendo as palavras com cuidado.

— Porque eu preciso acreditar que ele é. Senão... Não sei como continuar.

Meu coração apertou. A máscara caiu por um breve instante, e eu vi o homem por trás do Batman.

— Você não precisa carregar tudo sozinho, Bruce. Nem todos os fardos precisam ser seus.

Ele assentiu levemente, mas eu sabia que as mudanças viriam aos poucos.

Na manhã seguinte, Bruce chamou Damian para uma conversa. Eu não participei, mas pude ouvir o tom mais calmo e menos severo que ele usava.

Quando Damian desceu, parecia diferente. Mais leve.

— O que ele disse? — perguntei.

Damian sorriu, algo raro vindo dele.

— Que ele confia em mim.

Aquele foi o começo de uma nova fase, não só para Damian, mas para nossa família. Porque, no fim, ser herói não é apenas salvar o mundo — é proteger o que mais importa.

•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°•°

Palavras: 820

Ideia da diva Adriellycavolcanti4

Reacts e Imagines DCOnde histórias criam vida. Descubra agora