NINA

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Quando acordei e o vi dormindo no meu peito, meu coração disparou de um jeito tão forte que pensei que fosse explodir

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Quando acordei e o vi dormindo no meu peito, meu coração disparou de um jeito tão forte que pensei que fosse explodir. Eu sentia o calor do seu corpo contra o meu e a suavidade da respiração dele, que se movia ritmadamente, quase como se estivesse em um sono protundo e sereno. Cada batida do meu coração parecia ecoar em meu peito, como se tivesse uma vida própria, pulsando mais rápido a cada segundo que eu o observava ali, tão vulnerável e tranquilo. Eu estava completamente apaixonada, e essa certeza me pegava de surpresa a cada novo dia. No entanto, quando ele foi grosso comigo mais tarde, me senti uma completa idiota. Era como se as palavras duras que ele tinha dito me cortassem, me deixando com um gosto amargo na boca e um peso no peito. Eu sabia que ele não sentia o mesmo por mim, isso era óbvio. O que eu sentia por ele parecia um fogo que queimava intensamente, mas ele, aparentemente, estava apenas cumprindo um contrato. E isso me machucava mais do que eu estava disposta a admitir. Nosso tempo juntos tinha um prazo de validade, e isso estava começando a me consumir de uma forma que eu não conseguia mais controlar. Eu precisava entender que estava destinada a ser, como sempre fui, sozinha.

Os dias que se seguiram foram pesados.

Minha rotina mudou completamente. Em vez de passar os dias no apartamento, agora eu estava o tempo todo na rua, tentando afastar as lembranças e as saudades que me assombravam. Consegui um emprego no caixa de uma Starbucks, o que me deixava exausta, mas pelo menos ocupava minha mente e meu corpo. À noite, evitava Caleb pelos corredores do apartamento. Eu me escondia no meu quarto, me enrolava nas cobertas e dormia cedo, tentando fugir da sensação crescente de que ele estava se afastando de mim a cada dia que passava.

— Nina — ouvi sua voz do outro lado da porta, a suavidade nela contrastando com o silêncio do meu quarto. Ele parecia pedir por algo, e, por um momento, pensei em não abrir, mas a verdade é que eu queria vê-lo. — Abre, por favor.

Virei-me de costas para a porta e puxei a coberta sobre meu corpo, tentando me esconder, mas ao mesmo tempo, sentindo um impulso incontrolável de ceder.

— Vai ter um leilão beneficente com uma apresentação de balé e eu preciso comparecer, gostaria que você fosse comigo... se quiser, pensei que fosse gostar.

Um papel deslizou por baixo da porta, e eu o peguei. O leilão seria no American Ballet Theater, um dos lugares mais prestigiados do mundo. Eu sabia que não poderia perder aquilo.

— Eu quero ir — falei, levantando-me e abrindo a porta. Ele já estava no final do corredor, olhando-me com aquele sorriso tímido, como se ainda tentasse consertar algo.

— Tudo bem, vou confirmar nossa presença.

— Eu não tenho o que vestir...

— Resolverei isso também.

O dia do evento chegou, e minha ansiedade era palpável. No final da tarde, uma equipe de cabeleireiros e estilistas invadiu o apartamento. Eles trouxeram montes de roupas para eu escolher, e eu me senti completamente perdida, sem saber o que fazer. Acabei optando por um vestido vermelho tomara que caia, justo no corpo, com uma fenda imensa na perna, que me fez sentir ao mesmo tempo poderosa e vulnerável. Meu cabelo foi feito em ondas soltas, e o salto que me colocaram parecia tão alto que eu temi não conseguir andar.

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