Depois de tudo isso, finalmente consegui entender o comportamento estranho do Caleb. Ele estava com medo. Não sei exatamente o que aquele homem o ameaçou, mas eu sabia que não deixaria isso nos prejudicar. Precisávamos lidar com isso juntos, e eu por esse motivo eu precisava contar para ele sobre a minha vida e os meus segredos.
Hoje era quarta-feira, dia de jogo, e a partida seria aqui na cidade. Caleb insistiu tanto para que eu fosse que acabei cedendo. Vesti minha camisa de "fã número 1" e me preparei para acompanhá-lo.
Quando chegamos ao estadio, antes que eu pudesse protestar sobre ficar naquela sala reservada que ele sempre sugeria, Caleb virou-se para mim e segurou minha mão com firmeza.
— Sei que você não gosta de ficar aqui dentro — disse ele, com um sorriso, tirando um ingressos do bolso. — Por isso peguei para você um lugar na arquibancada. Primeira fileira, bem atrás do banco. Assim, eu posso ficar de olho em você e garantir que está segura.
Fiquei surpresa e emocionada com o cuidado dele.
— Obrigada — respondi, puxando-o para um abraço apertado. — Mas não se preocupe tanto comigo. Vai ficar tudo bem.
Ele sorriu, mas logo me puxou mais para perto e agarrou minha bunda com força. O beijo que ele me deu a seguir era intenso, quase indecente para o local. Havia muitas pessoas circulando por ali, e notei alguns celulares apontados na nossa direção, provavelmente nos filmando.
— Caleb... — murmurei, tentando me afastar um pouco.
Ele apenas sorriu, sem o menor arrependimento, e inclinou-se para sussurrar em meu ouvido:
— Não vejo a hora de chegar em casa e me enfiar dentro de você.
— Você tem passado muito tempo dentro de mim — respondi, tentando manter o tom leve, mas sentindo minhas bochechas queimarem.
Ele riu baixinho, com aquele olhar cheio de provocação.
— Nunca é o suficiente.
Depois que tomei a pílula do dia seguinte, ele apareceu em casa com uma caixa de camisinhas. Naquele momento, ri da quantidade exagerada, mas, nos dias que se seguiram, entendi que talvez elas não durassem até o final do mês. Quando Caleb estava em casa, ele mal tirava as mãos de mim. Fazíamos sexo várias vezes ao dia, e, ainda assim, só o cheiro dele me deixava querendo mais.
— Você me espera aqui? — perguntou ele, me trazendo de volta ao momento.
— Sim, vou estar aqui. Agora vai lá e arrasa!
Ele me deu mais um beijo apaixonado, ignorando completamente os olhares curiosos ao nosso redor, e desapareceu pela porta que levava ao vestiário.
Verifiquei meu ingresso para localizar meu assento e caminhei até lá. Assim que me sentei, percebi que o lugar era realmente excelente. A primeira fileira, bem atrás do banco, me dava uma visão privilegiada do Campo e, claro, de Caleb. Enquanto me acomodava, notei as pessoas cochichando e lançando olhares na minha direção. Aos poucos, fui percebendo que, com o tempo, meu relacionamento com ele tinha me tornado uma figura mais reconhecida, ainda que involuntariamente.
A arquibancada foi enchendo, o barulho aumentando à medida que o jogo se aproximava. O nome de Caleb ecoava em algumas conversas ao meu redor, a admiração de torcedores pelo talento dele misturada a um pouco de curiosidade sobre mim. Cruzei os braços, tentando ignorar os olhares, mas uma mulher ao lado resolveu puxar conversa.
— Você é a noiva do Caleb, não é? — perguntou com um sorriso amigável, inclinando-se um pouco na minha direção.
Assenti, um sorriso contido escapando antes que eu pudesse evitar.
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Contato de emergência
Roman d'amourNina tem apenas um contato em seu celular, salvo como "Emergência", embora não saiba a quem pertence. Após sofrer um acidente e acordar no hospital, ela finalmente conhece o misterioso dono do número. O que ela não esperava era que isso traria uma s...