Nina tem apenas um contato em seu celular, salvo como "Emergência", embora não saiba a quem pertence. Após sofrer um acidente e acordar no hospital, ela finalmente conhece o misterioso dono do número. O que ela não esperava era que isso traria uma s...
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Os dias que se seguiram foram ainda mais caóticos. A imprensa parecia não me deixar respirar, e eu sabia que precisava tomar uma atitude. Após o treino, decidi encontrar Paula para resolver as coisas de uma vez por todas. Quando cheguei ao seu escritório, encontrei-a conversando com a assessora de imprensa da sua equipe, ambas com expressões sérias, como se já esperassem por mim.
— Boa tarde! — falei, me jogando no sofá, exausto, o corpo ainda dolorido do treino. — Preciso resolver isso, não aguento mais.
— Vocês têm que fazer um anúncio oficial — disse a assessora, sua voz profissional e direta. — Discutimos isso a manhã toda. A única maneira de parar com os boatos é confirmá-los de uma vez.
Soltei um suspiro, passando a mão pelo rosto.
— Eu não gosto de me expor — retruquei, sentindo a tensão crescendo em meus ombros. — Minha vida pessoal não precisa ser televisionada.
— Podemos fazer algumas fotos para a Magazzine — ela continuou. — Algo simples, confirmando o noivado. Logo, o assunto vai perder a graça.
— A Nina ainda está machucada — argumentei, lembrando de como ela estava se recuperando. — Mal consegue andar.
— E é aí que está a chave — Paula interveio, finalmente levantando os olhos dos papéis à sua frente. — Se você aparecer como o noivo apaixonado que cuida da garota ferida, as pessoas vão se comover. Vai mudar a narrativa.
Fiquei em silêncio por um momento, refletindo sobre as palavras delas. A ideia de expor a Nina dessa forma me incomodava, mas sabia que era o único jeito de acabar com os rumores.
— Vou conversar com ela — disse, levantando-me do sofá. — Depois ligo para vocês.
Ao sair do escritório, segui direto para meu apartamento. Quando cheguei, o som de música alta vindo do andar de cima chamou minha atenção. Subi as escadas e, ao chegar à academia vi Nina sentada no chão, em plena concentração. Ela estava no meio de um alongamento, as pernas completamente abertas, o corpo esguio e flexível como uma bailarina. Seu pé bom estava esticado em uma ponta perfeita, e a cabeça repousava suavemente sobre o joelho.
— Você deveria estar descansando — comentei, cruzando os braços enquanto a observava.
— Estou cansada de não fazer nada — respondeu sem tirar os olhos do movimento.
Encostei-me à porta, lutando contra o sorriso que ameaçava surgir.
— Vai ficar aí me olhando?
— Não tenho nada melhor para fazer — brinquei, e ela revirou os olhos.
Com calma, ela trocou de perna, repetindo o movimento com a mesma precisão.
— Conversei com a Paula hoje — comecei, tentando soar casual. — Ela acha que se fizermos algumas fotos, o assunto vai morrer.