Capítulo 4

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~MAYA MANOELLA GARCIA~

Acordei com meu celular tocando. Quando olhei, era o Raphael.

— Oi, Raphael - digo meio sonolenta ainda.

— Ai, te acordei? Perdão - ele disse, soltando uma risada sem jeito. - Queria saber se você quer uma carona para o trabalho?

— Não precisa, eu vou de metrô.

— Não, eu faço questão... Me passa seu endereço.

Depois de hesitar por um momento, dei meu endereço ao homem, que disse que chegaria em uma hora.

Levantei-me e fui procurar meu pai pela casa, estranhando a ausência dele. Ele sempre estava por ali pela manhã. Liguei várias vezes, mas ele não atendia. A preocupação começou a crescer no meu peito. Onde ele poderia estar? Isso não era típico dele. Resolvi me arrumar para ir ao trabalho, tentando afastar os pensamentos negativos. Depois de um tempo, ouvi a campainha. Era o Raphael.

— Ai, como pode ser tão linda assim? — ele exclamou, com um sorriso radiante.

— Obrigada, Raphael. - respondi, forçando um sorriso enquanto meus pensamentos ainda estavam no meu pai. - Você não sabe como eu precisava de um elogio agora

— Tudo bem mesmo? — ele perguntou, percebendo a preocupação no meu rosto.

— É que meu pai... Ele não está em casa, e não consigo falar com ele. Isso não é normal.

— Vamos fazer o seguinte, te levo para o trabalho e, se você quiser, depois procuramos ele juntos. Ele pode ter saído para resolver algo e não percebeu o celular.

— Pode ser... — Concordei, sentindo um pouco de alívio com a oferta de ajuda.
Cheguei na empresa junto com Raphael, já sentindo os olhares sobre mim, mas não deixei que isso me abalasse.

— Então, sobre o jantar de hoje à noite, precisamos garantir que tudo esteja perfeito.

— Raphael começou, enquanto caminhávamos para o elevador. — É uma oportunidade crucial para fechar aquele contrato.

— Concordo. Precisamos revisar os detalhes da apresentação e certificar-nos de que todos os pontos importantes sejam cobertos
-respondi, tentando me concentrar no trabalho, embora a preocupação com meu pai ainda estivesse no fundo da minha mente.

Entramos no elevador, e a conversa fluiu de maneira leve e profissional. Raphael parecia genuinamente interessado em fazer tudo funcionar. Quando o elevador chegou ao nosso andar, ele se inclinou e, de repente, beijou o canto da minha boca.

Fiquei genuinamente interessado em fazer tudo funcionar. Quando o elevador chegou ao nosso andar, ele se inclinou e, de repente, beijou o canto da minha boca. Fiquei surpresa, meus olhos arregalados enquanto ele sorria

— Até mais tarde, Manu. - ele disse, com um brilho travesso nos olhos, saindo do elevador e me deixando atônita.

Caminhei até minha sala, ainda meio abalada pelo beijo inesperado. Quando entrei, encontrei Giovanna já lá, com os pés na minha mesa, olhando-me com um sorriso irônico.

— Bom dia, senhora Garcia. Sabe que é proibido se relacionar com funcionários, né?
- disse ela, seu tom gotejando sarcasmo.

— Perdão? - perguntei, sem entender aonde ela queria chegar.

— Você e o Xavier. Isso precisa acabar - ela continuou, levantando-se e caminhando em minha direção com passos calculados.

— Não sei do que você está falando, Giovanna. Raphael só me deu uma carona para trabalho. — tentei explicar, sentindo a tensão no ar.

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