CEO

Capítulo 6

~MAYA MANOELLA GARCIA~

Acordei no outro dia um pouco mais tarde, já que não tinha emprego. Levantei da cama, tomei um banho e fiz minha higiene matinal.
Vesti uma camisa de branca com botões na frente, e um show de seda azul. Quando fui para a sala, encontrei meu pai sentado no sofá, lendo o jornal.

— Ô minha filha, tá de folga hoje? — ele perguntou, surpreso ao me ver.

— Não, pai... Eu pedi demissão. - respondi, sentindo um peso sair dos meus ombros.
A expressão do meu pai foi incrível. Ele passou dois segundos me olhando, completamente congelado.

— O quê? — ele perguntou, ainda em choque.

— Demissão, pai. Fui mais humilhada em dois dias do que em toda minha vida.

Ele ficou em silêncio por um momento, absorvendo minhas palavras. Então, levantou-se e veio até mim, colocando uma mão reconfortante em meu ombro.

— Manu, se você achou que essa era a melhor decisão para você, eu apoio. — ele disse, com a voz firme. — Mas lembre-se, o trabalho é importante, e a vida às vezes nos joga uns desafios para nos fortalecer. Só não se deixe abater, entendeu? Você é forte, minha filha.

— Obrigada, pai. - murmurei, abraçando - Eu só preciso de um tempo para me recompor.

Meu pai me deu um beijo na cabeça indo trabalhar, aproveitei que tava só então abri um pouco a camisa, pois estava um calor infernal.

Passei o resto do dia em casa, tentando organizar meus pensamentos. Decidi fazer uma faxina no apartamento para ocupar a mente. Liguei o som e comecei a limpar cada canto.

Enquanto esfregava o chão, ouvi uma batida na porta. Desliguei o som e fui atender, curiosa para saber quem era. Quando abri, meu coração quase parou. Era Giovanna Torres.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei, minha voz saindo mais fria do que eu pretendia. Giovanna estava parada ali, parecendo mais tensa e vulnerável do que eu jamais a tinha visto.

— Podemos conversar? - ela perguntou, sua voz baixa e quase implorante.

Ela me olhava como se fosse me devorar, acho que graças à minha blusa molhada e à camisa de botão aberta, dando visão ao meu sutiã.

— O que você quer, Torres? - perguntei, cruzando os braços defensivamente.

— Você precisa voltar. - ela disse, seu tom firme.Eu ri, um riso sem humor, cheio de
incredulidade.

— Voltar? Depois de tudo o que você fez? - retruquei, a raiva borbulhando. — Você nem se deu ao trabalho de pedir desculpas, Giovanna. Os olhos dela intercalavam entre meus botões abertos e meus olhos, o desejo evidente em seu olhar.

— Isso não é sobre desculpas, Maya. — ela disse, a voz mais baixa, tentando se concentrar nos meus olhos— E sobre você voltar para onde pertence.

— Eu não pertenço a lugar nenhum, especialmente não com alguém que me trata como lixo. - retruquei, minha voz aumentando de tom.

-VOCÊ É INSUPORTÁVE - ela gritou de volta, a frustração evidente. -VOCÊ NÃO ENTENDE!

- O QUE EU NÃO ENTENDO TORRES?
- eu gritei, avançando um passo. - Que você é uma egoísta que só pensa em si mesma?

A tensão estava crescendo entre nós, o ar estava pesado com emoções não ditas.

—PELO O AMOR DE DEUS MAYA GARCIA FECHA A PORRA DESSA CAMISA
ANTES QUE EU MESMA A TERMINE DE TIRAR! - Giovanna gritou, sua voz cheia de desejo e raiva. O silêncio caiu entre nós, pesado e carregado de tensão sexual.